Por meio de nota, a Habitasul – representante dos cinco beach clubs de Jurerê Internacional (Taikô, Donna, Café de La Music, Simple on the Beach e Qiosque do Pirata) – informou que a partir desta terça-feira não faz mais parte do quadro de sócios da Associação de Moradores de Jurerê Internacional (Ajin).

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Com o desligamento, o grupo deixa de contribuir com a receita mensal da entidade e encerra todas as participações nos programas conjuntos de segurança do bairro.

“Não faz o menor sentido alimentar um bate-boca com pseudo lideranças”, argumentaram, em nota, representantes da Habitasul

O repasse da Habitasul representava cerca de 7% da receita da Ajin, entre R$ 10 mil e R$ 13 mil por mês. No documento que informa sobre o desligamento, o argumento dos empresários é de que “não faz o menor sentido alimentar um bate-boca estéril com pseudo lideranças recém-chegadas e desinformadas, que já não representa os interesses da expressiva maioria de proprietários, moradores e usuários de Jurerê Internacional”.

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A briga entre Habitasul e Ajin começou há cinco anos, quando a associação ingressou com ação na Justiça Federal para proibir o funcionamento dos beach clubs. Nos últimos meses, a relação ficou ainda mais estremecida. A ação correu e, neste mês, o juiz Marcelo Krás Borges emitiu liminar para que os pontos de praia fossem fechados num prazo máximo de cinco dias –decisão revertida pelos empresários no dia 20 de dezembro, no Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4).

Presidente da Ajin garante que desligamento da Habitasul não acarretará em perdas aos moradores de Jurerê Internacional

Presidente da Ajin, João Henrique Bergamasco rebateu as críticas dizendo que a associação representa os interesses dos moradores do bairro e não os anseios puramente comerciais do grupo Habitasul. Ele contou que a decisão dos empresários foi tomada logo após a publicação de uma carta de apoio à direção da Ajin, assinada pelos 32 membros do conselho deliberativo da associação.

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Bergamasco frisa que o desligamento da Habitasul não vai interferir na mensalidade dos demais sócios e que não haverá nenhum impacto no sistema de segurança do bairro. Ao contrário, segundo ele é a Habitasul que deixará de contar com os serviços de limpeza, manutenção e vigilância nos imóveis aos quais é proprietária.

– Nós lamentamos a saída da Habitasul, que fazia parte da associação desde a sua criação (há 27 anos) mas foi uma decisão deles. Deixamos claro apenas que a Ajin representa os interesses dos moradores de Jurerê Internacional e é assim que vai continuar sendo – diz Bergamasco.