A liberação para que os 136 guardas municipais de São José passem a ter direito ao usar armas de fogo ganha velocidade com a assinatura de um termo de cooperação técnica entre a prefeitura e a Polícia Rodoviária Federal, na manhã desta terça-feira. O curso deve começar até o fim de março, segundo a previsão do comandante da Guarda.
Continua depois da publicidade
Para que todos possam ter direito ao porte de arma, os guardas municipais precisarão passar pelo curso, que deve durar cerca de 15 dias, e disparar 120 tiros durante o treinamento. Apenas na compra de aproximadamente 16,5 mil munições, a Guarda Municipal estima investir cerca de R$ 20 mil.
O comandante da Guarda Municipal de São José, Jeferson Samuel dos Santos Lima, explica que os guardas passarão por duas etapas.
– As aulas teóricas serão ministradas no Centro Multiuso e a parte prática do curso ocorrerá em um estande de tiros regulamento – explica.
Continua depois da publicidade
Segundo ele, todos devem ter passado pelas aulas até o começo de julho deste ano.
Em paralelo, a prefeitura lançará um edital para a compra de uma arma para cada um dos guardas municipais. Lima estima que as pistolas 380 mm e a aquisição de munições devem custar R$ 500 mil.
Além de armas de fogo, o curso deve ensinar aos guardas municipais a manusear bastões retráteis e teaser, arma que paralisa a pessoa por meio de uma descarga elétrica que bloqueia neurotransmissores e músculos.
O curso de capacitação será oferecido gratuitamente pela PRF e ficar a cargo da Prefeitura todos os gastos de equipamentos e materiais referentes ao curso.
Continua depois da publicidade
Na Capital, guarda usa pistolas há três anos
Florianópolis foi a primeira cidade do Estado a permitir que agentes da Guarda Municipal usem pistolas como instrumento de trabalho. Na Capital, há pistolas 380 mm desde dezembro de 2008, o mesmo modelo que será usado em São José. Hoje, 100 dos 147 agentes usam as armas.
Houve uma única vez em que foi necessário efetuar um disparo, lembra Couto.
– Foi durante uma perseguição a um motociclista que havia infringido a lei, em 2010. O agente efetuou um disparo, que não chegou a acertar a pessoa.
Para o diretor da Guarda Municipal de Florianópolis Ivan Couto, a arma de fogo é fundamental para o trabalho dos agentes.
Continua depois da publicidade
– É imperativo que eles possam usar para terem condições de trabalhar com segurança, tanto para o agente quanto para a população – justifica.