A Guarda Municipal de Florianópolis (GMF) entrou oficialmente em greve nesta segunda-feira, reivindicando melhores condições de trabalho. A insatisfação da categoria deu lugar ao movimento grevista depois que a Polícia Federal suspendeu o porte de arma dos agentes, no dia 3 de julho. Dos 170 guardas, apenas 51 trabalharão nesta terça-feira, até que se chegue num acordo.

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O Sindicato dos Guardas Municipais de Santa Catarina notificou a prefeitura oficialmente no final da tarde desta segunda-feira. Segundo o presidente do sindicato, Alexsandro Coelho, as reivindicações são somente pelas condições de trabalho:

— Nem estamos tocando no assunto do salário.

Entre os problemas apontados por Coelho está não apenas a questão do porte de armas, mas a falta de equipamentos menos-letais (spray de pimenta, cassetete elétrico), estado precário das viaturas e coletes à prova de balas vencidos.

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Guarda Municipal não cumpriu requisitos para atuar armada, diz PF

A categoria vai respeitar o contingente mínimo de 30% estabelecido pela Justiça em casos de greve em setores essenciais. A princípio, este efetivo vai continuar no sistema acordado com o comando, de não fazer rondas e trabalhar apenas em postos que ofereçam um mínimo de segurança.

O secretário municipal de segurança, José Paulo Rubim Rodrigues, afirmou à reportagem da RBS TV que considera a greve inapropriada.

— Não consigo entender a motivação da greve (…). Ela se opõe aos princípios básicos da função do cargo deles, que é ajudar a sociedade, o trânsito.

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Uma audiência na Justiça Federal na próxima quinta-feira vai tentar a conciliação entre as três partes: GMF, prefeitura e Polícia Federal.

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