Uma postagem publicada na manhã de quinta-feira no grupo Mensageiros do Amor Florianópolis, no Facebook, revela que Percival Alexandre Lopes de Sousa, 37 anos, natural de Ribeirão Preto (SP), continua ativo nas redes sociais. Ele e a mulher, Rita de Cássia Lopes Rosa de Sousa, são procurados pelas polícias civis de Florianópolis e São Paulo por suspeita de estelionato. O casal é apontado como líder de um grupo de palhaços que arrecadava dinheiro em semáforos da Capital em nome de entidades assistencialistas.
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A página no Facebook tem diversas fotos de Percival e Rita e de outros membros da quadrilha. No entanto, o que chama a atenção é a última postagem da página, que apresenta um documento assinado por um conselheiro tutelar da Prefeitura de Florianópolis, datado da última terça-feira. O papel afirma que o grupo Mensageiros do Amor fez a doação de alimentos não perecíveis ao Conselho Tutelar da Região Norte. O conselheiro que assina o documento, Sergio Costa Bandeira, conta que Percival e a mulher foram ao local na terça-feira e entregaram uma cesta básica ao órgão.
– Foi a segunda vez que eles doaram para o Conselho Tutelar. A primeira vez foi em junho. Eles deram alimentos e um berço com colchão que foi doado para uma família – diz Bandeira.
Bandeira afirma que não conhecia o grupo e não manteve contato com os membros depois das doações. Apenas sabia que eles eram de São Paulo. Como o órgão não tem a prática de receber doações de terceiros, Bandeira comenta que pegou o CNPJ e o endereço do Grupo. No documento consta o endereço do apartamento da quadrilha na Praia Brava.
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Apartamento alugado por três meses
Percival e Rita alugaram dois apartamentos na Praia Brava. Em um deles, localizado na Rua Tom Traugott Wildi, morava o casal com as três filhas. No outro, localizado próximo, ficavam as pessoas contratadas por eles. Os apartamentos tinham dois quartos e os condomínios contavam com piscina e sala de jogos. Durante a temporada, do Natal ao Carnaval, o valor do aluguel para o período ficava entre R$ 8 mil e R$ 10 mil para cada um dos apartamento. No entanto, de acordo com o contrato firmado para locação, os dois pagavam R$ 800 e R$ 600 mensais em cada imóvel. A mudança no valor acontece porque contrato foi feito para o inverno, apenas de agosto a outubro. O casal, porém, não pagou os aluguéis dos últimos dois meses.