A segunda semana de greve dos servidores da Prefeitura de Joinville deve ser marcada por novas tentativas de acerto. Nesta segunda-feira, o Sinsej convocou novo ato para as 9 horas em frente à Prefeitura e os líderes do movimento vão buscar a adesão dos funcionários que trabalham no prédio.
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Ulrich Beathalter, presidente do sindicato, disse neste domingo que protococou documento na Prefeitura ainda na quinta-feira cobrando uma nova rodada de negociação. Ele espera que nesta segunda-feira haja um retorno por parte do Executivo.
– Já deixamos claro que estamos à disposição de flexibilizar os pedidos, mas esperamos que o governo avance também – destacou Ulrich.
Oficialmente, o líder sindical não conversou com a categoria, mas informalmente acredita que se a Prefeitura oferecesse a inflação mais 4% de ganho real (metade dos 8% pedidos) a proposta seria vista com “bons olhos”. A pauta de reivindicações do sindicato chega 70 itens.
À tarde, os manifestantes devem caminhar até a Câmara de Vereadores a fim de garantir que o projeto de reajuste encaminhado pelo Prefeitura (5,82%) não seja votado até que haja um acordo. Sobre o atendimento à população, Ulrich garantiu que o sindicato está cumprindo a medida judicial, mantendo mais do que 40% do efetivo nas atividades essenciais.
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Do outro lado, a Prefeitura está preocupada com o atendimento à saúde, principalmente no São José, que está com 60 leitos fechados.
– O atendimento no São José está restrito. Está chegando a uma situação crítica – admite o secretário de Comunicação, Marco Aurélio Braga, lembrando que a Prefeitura entrou com novo pedido na Justiça para que o atendimento seja restabelecido em 100% no pronto-socorro do hospital e nos PAs.
Sobre avanços, o secretário informou que a Prefeitura estuda estender os 30% de reajuste no vale-alimentação para os servidores que ganham pouco mais de R$ 4 mil, o que contemplaria boa parte da categoria.
Quanto ao ganho real, Marco Aurélio alertou sobre o impacto no caixa do município, mas disse que “estuda junto com a Fazenda tudo o que é possível.”
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