O vereador Marcello Siciliano, apontado por testemunha como um dos responsáveis pelo assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes, no Rio de Janeiro, já conversou com milicianos ao telefone. Em gravações exibidas pelo programa Fantástico no último domingo (13), Siciliano, que afirma ser contrário à ação da milícia, atende a um pedido de policiamento e pede ajuda para fazer a implantação de um projeto social em área de milícia.

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Segundo matéria publicada pelo jornal O Globo na última terça-feira (8), ele e Orlando Oliveira de Araújo, conhecido como Orlando Curicica, tramaram a morte da vereadora Marielle Franco, assassinada a tiros na noite de 14 de março. Durante uma coletiva na quarta (9), Siciliano negou participação no crime.

Na primeira conversa exibida pelo programa, o vereador e miliciano se cumprimentam chamando um ao outro de “irmão”. Em outra conversa, um homem pede que Siciliano acione o 31º Batalhão da Polícia Militar para tentar localizar um suspeito de matar um amigo.

— Uns bandidos lá mataram um amigo nosso. Você podia dar um toque no pessoal do 31 pra ficar de olho. Se botar uma blitz ali, vai pegar — diz o miliciano.

— Vou mandar botar agora. Na volta eu passo aí. Beijo — responde Siciliano.

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— Tá bom. Beijo. Fica com Deus — se despede o homem.

— Te amo, irmão — diz o vereador.

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