Uma testemunha-chave disse, em depoimento, que dois policiais militares, um da ativa e outro da reserva, participaram da execução da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes. A dupla, segundo ela, estava, com outros dois homens, no Cobalt prata usado no assassinato.

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Segundo as informações do jornal O Globo, trata-se da mesma testemunha que denunciou o envolvimento do vereador Marcello Siciliano (PHS) no caso, por causa de uma desavença — ele nega.

O delator, que colabora com as investigações em troca de proteção, relatou que a execução foi planejada por Orlando Oliveira de Araújo, o Orlando de Curicica — um ex-PM preso acusado de chefiar uma milícia na zona oeste do Rio — junto com o vereador.

Conforme a testemunha-chave, os homens que estavam com os militares no Cobalt são ligados a Orlando. O miliciano teria usado o celular de um outro preso para dar ordem para executar a vereadora.

Em três depoimentos à Divisão de Homicídios (DH) do Rio, o delator deu informações sobre datas, horários e até locais de reuniões entre o vereador e o miliciano. Mais tarde, ele teria mudado sua versão ao ser interrogado pelo Ministério Público, e passou a negar a participação de Orlando na execução.

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