Uma reunião entre o governo estadual e o Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sinte/SC) nesta terça-feira buscou negociar garantias para o fim da greve dos professores em Santa Catarina, que já dura 50 dias. Membros do sindicato e representantes da Secretaria de Educação abriram a rodada de negociações as 9h20min desta terça-feira, no Conselho Estadual de Educação, no Centro de Florianópolis.

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As primeiras discussões se encerraram por volta das 13h, sem um acordo decisivo. Durante a tarde o cenário se repetiu, com o Sinte se reunindo com toda a direção para discutir as propostas apresentadas pelo governo, mas ainda sem apresentar um posicionamento final.

O sindicato exige dois pontos principais: a anistia das faltas dos professores desde 2012, já que o decreto 3593/2010 prevê que faltas não permitem a progressão na carreira do magistério, e a alteração do decreto.

Em documento, Sinte/SC pede anistia a faltas e reajuste de 13% na carreira

Já o governo disse que até aceita cancelar as faltas relacionadas à greve de 2012 e as demais poderiam ser discutidas em mesas de negociação posteriormente. Em relação ao Decreto, a Secretaria de Educação aceita rever o documento e discuti-lo também nas próximas reuniões. O governo deve encaminhar a proposta oficialmente ao Sinte nesta quarta-feira.

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O secretário de Educação, Eduardo Deschamps, esteve na reunião por algumas horas, mas saiu antes do fim. Ele enfatiza que o governo está cedendo em alguns pontos para fornecer garantias aos professores.

A expectativa é de que os professores retomem as aulas e, em um prazo de 45 dias, cheguem a um acordo com o governo. Segundo a Secretaria de Educação cerca de 9% dos professores estão paralisados no Estado.

– É um movimento que o governo faz de concessão visando buscar uma solução. Estamos avançando, é uma negociação complexa – avalia Deschamps.

O Sinte/SC agendou Assembleia Estadual para as 14h desta quinta-feira, no Centro de Eventos Petry, em Biguaçu, para definir com os grevistas as propostas das negociações.

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A reunião entre governo e magistério estava inicialmente agendada para esta segunda-feira, mas foi adiada devido à morte do senador Luiz Henrique da Silveira, que sofreu um infarto no último domingo.