Manifestação em frente ao Centro Administrativo, ocupação do saguão da Assembleia Legislativa e uma lista de exigências que inclui o reajuste de 13% para toda a carreira do magistério e anistia a faltas injustificadas desde 2012. Foi assim que o Sinte/SC reagiu ao pedido do governo estadual para que a categoria oficializasse em um documento as condições para encerrar a greve dos professores estaduais que já dura 36 dias.
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::: Professores estaduais em greve voltam a ocupar Assembleia Legislativa
::: Governo pede ao Sinte documento com as condições para o final da greve
O pedido foi feito na manhã de segunda-feira, quando representantes do governo e sindicalistas voltaram a conversar em reunião agendada através do Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE). O secretário da Educação, Eduardo Deschamps, fez a exigência, alegando que não conseguia compreender os pleitos do sindicato. A resposta veio nesta terça-feira em um documento com quatro pontos.
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Basicamente, o Sinte/SC pede a formação de uma mesa de negociações com prazo máximo de 30 dias para discussão do novo plano de carreira sem perda de direitos aos profissionais. Nesse meio tempo, o governo não poderia apresentar nenhum projeto sobre o tema na Assembleia Legislativo. Além disso, quer a revogação do decreto de 2010 que impede a progressão na carreira de profissionais com três faltas injustificadas em sequência ou cinco alternadas _ além da anistia de todas as faltas de 2012 em diante. O quarto ponto é a aplicação do aumento de 13,01% dado ao piso nacional da categoria para toda a carreira, retroativo a janeiro. Coordenador do Sinte/SC, Luiz Carlos Vieira admite que as condições propostas são uma forma de trazer o governo para a mesa de negociações.
– Nós estamos negociando e não vamos nos rebaixar. O governo pediu um documento e nós apresentamos. Eles que apresentem uma proposta para nós agora – afirma.
Sobre a anistia às faltas, Vieira afirma que o governo acena com a medida desde o final da greve de 2012, mas que protela a decisão para manter a proposta como “carta na manga” para a negociação do plano de carreira da categoria.
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– O que são as faltas injustificadas? São as faltas de quem adere à greve, participa de manifestações, de assembleias – diz o sindicalista.
O documento foi levado ao Centro Administrativo na manhã desta terça-feira, em ato com a participação de cerca de 400 professores. À tarde, os manifestantes foram para a Assembleia, onde definiram que permaneceriam acampados até quinta-feira. O secretário Eduardo Deschamps se manifestou sobre as exigências do Sinte através de nota oficial, afirmando apenas que o documento será analisado e respondido com as condições do governo para retomada das negociações.
Leia a íntegra do documento do Sinte/SC:
