O governo do Estado terá um prazo máximo de 20 dias para resolver os problemas que ameaçam a estrutura da Escola de Educação Básica Aristiliano Ramos, uma das maiores e mais antigas da Serra Catarinense.

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Neste momento, o prédio de 77 anos e localizado no calçadão da Praça João Costa, no Centro de Lages, não será demolido, como a Defesa Civil havia previsto. Porém, a ordem é clara: todos os riscos devem ser eliminados.

A decisão foi tomada na manhã desta quarta-feira, após uma vistoria feita na escola pela Defesa Civil, Ministério Público e Gerência Regional de Educação (Gered). Na semana passada, o coordenador municipal da Defesa Civil, Cezário Flores, havia dito que recomendaria a demolição do prédio, cuja estrutura está comprometida.

Mas após a vistoria desta quarta, optou-se por um caminho que leve à preservação do local, pelo menos agora. Assim, o Estado deverá providenciar a retirada ou reforma do forro e do assoalho do segundo piso, ambos de madeira; do muro que ameaça cair sobre a calçada da Rua Coronel Córdova; do sistema elétrico, com fiação exposta e não inadequada; e das duas caixas d?água com capacidade para sete mil litros cada.

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– Não sabemos se o prédio será demolido ou restaurado, mas é fato que os riscos precisam ser eliminados para evitar acidentes com os moradores, lojistas e transeuntes -, diz Cezário.

O promotor de Justiça Renee Braga, que cuida do caso e acompanhou a vistoria, admite que o prédio apresenta graves situações de risco, mas defende que qualquer decisão precisa ser tomada com argumentos técnicos.

Renee cita a ausência de banheiros no calçadão, o posto da Polícia Militar e o Recanto do Pinhão, montado anualmente durante a Festa Nacional do Pinhão, para questionar a necessidade de demolir ou dar outro destino ao prédio.

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– O prédio não poderia ser útil para tudo isso? Por exemplo, a escola tem banheiros, mas a praça não. Mas na praça existem alguns itens que não são necessários. Ou seja, falta de espaço, não é. Não existe confronto de posição entre a Defesa Civil e o Ministério Público. Agora, é preciso corrigir imediatamente as situações de risco, e futuras decisões dependem de projetos de engenharia e estudos técnicos.

A gerente regional de Educação, Fátima Ogliari, vai providenciar a retirada dos materiais escolares que ficaram na escola e diz que os 1,3 mil alunos já foram devidamente remanejados desde dezembro do ano passado, quando o prédio foi interditado. Já a Secretaria do Desenvolvimento Regional (SDR) só se manifestará após ser notificada pelo Ministério Público.