A goteira em vários cômodos da casa da costureira Leodete Medeiros, 54 anos, é apenas uma das consequências do incêndio que destruiu o galpão de uma loja de auto-peças no Boa Vista, região Leste de Joinville. Os bombeiros subiram no telhado da residência dela para combater as chamas, que se alastravam rapidamente.
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– A goteira não é nada perto da quantidade de água que entrou na minha cozinha – relata Leodete.
Ela passou a manhã de sábado enxugando a água que restou da operação dos bombeiros e conter as goteiras em todos os cômodos da residência. No entanto, a lembraça do momento em que ela acordou assustada com o barulho do incêndio ainda estão vivos na memória dela.
– Quando olhei pela janela, vi um clarão e pensei que os postes de luz da rua estavam pegando fogo – conta Leodete.
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Neste mesmo instante, o marido dela estava assistindo televisão. Ademir Medeiros, 57 anos, explicou que saiu sem camisa da sala e correu para a rua por conta do pânico.
– Foi um desespero, um susto. Nós tivemos que chamar os nosso filhos, pois não sabíamos o que ia acontecer – diz.
Apesar de a polícia ter pedido para ele sair do local, o aposentado permaneceu na rua para evitar que roubassem a casa dele. Ele argumentou que a viatura não passou a cada trinta minutos como havia prometido e que não poderia ter mais prejuízos com furtos.
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O casal não tem seguro da residência e, agora, quer saber quem pagará os prejuízos. Eles esperam que o dono do terreno ou o locatório do galpão arquem com as despesas. Medeiros ainda ressalta que o estrago poderia ter sido muito maior, caso as chamas atingissem o lixão que fica na mesma rua.