Um incêndio de grandes proporções destruiu um ferro-velho na noite de sexta-feira na zona Leste de Joinville. O fogo que começou por volta das 23h30, só foi controlado perto das 2 horas deste sábado. O estabelecimento fica na rua Albano Schmidt, no bairro Boa Vista. Pelo menos 40 homens trabalharam no combate as chamas. Segundo os bombeiros voluntários, quatro cachorros, que estavam presos no local, morreram.

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O trânsito foi interrompido no local, pois havia risco de explosões. A luz também foi cortada em pelo menos duas quadras da região. Segundo o dono do ferro-velho, que não quis se identificar, tinha tanques de combustível de veículos vazios armazenados no estabelecimento, carros, além de capas de parachoques, pneus, materiais de plástico, caixas de papelão entre outros materiais.

No estabelecimento também funcionava uma loja de peças automotivas. O proprietário, que mantém o comércio no local há 20 anos, ainda informou que calcula um prejuízo de mais de R$ 2 milhões. Ele tem seguro, mas acredita que o valor de cobertura não ultrapasse R$ 200 mil.

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Ele, que mora próximo ao ferro-velho, soube do incêndio após ouvir barulhos e sair da residência para ver o que estava acontecendo.

– Ainda estou em estado de choque – disse.

Heloísa Crespim, moradora vizinha ao galpão, contou que estava dormindo quando o incêndio começou e precisou sair de casa.

– As telhas de eternite começaram a estourar e o calor veio muito rápido – conta a funcionária pública abrigada na casa de vizinhos.

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De acordo com os bombeiros, cerca de dez casas próximas ao terreno onde ocorre o incêndio precisaram ser evacuadas. Por volta das 2 horas de sábado, somente as casas da quadra em que fica o ferro-velho permaneceram interditadas pelos bombeiros por questões de segurança.

Conforme o Corpo de Bombeiros Voluntários, foram deslocados cinco caminhões de combate a incêndio, o carro de resgate veicular e uma ambulância para o local. A plataforma, que é a escada que permite combater as chamas do alto, e a carreta para reforço de água também foram utilizados.

Áreas vizinhas ao ferro-velho foram resfriadas para evitar que o fogo se alastrasse, informou um bombeiro que trabalhava na operação.

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A empresária Adelaide Kuhnen, moradora do bairro Floresta, conta que viu a vermelhidão no céu e as nuves de fumaça da janela de casa, na rua Antonio Ramos Alvim.

– Fiquei assustada e vim ver o que estava acontecendo – disse. .

Assim como ela, dezenas de curiosos assistiam aos trabalhos dos bombeiros no início da madrugada de sábado.