O general do Exército Luciano Benjamín Menéndez, que liderou a repressão na província de Córdoba durante a ditadura argentina, recebeu nesta segunda-feira sua décima condenação à prisão perpétua, pelo sequestro e homicídio de três opositores.

Continua depois da publicidade

Benjamín Menéndez, 88 anos, chamado de “A Hiena”, é o homem que recebeu mais condenações por violações dos direitos humanos, com dez perpétuas e duas sentenças de 20 e 12 anos de prisão.

Antes de escutar a sentença, o ex-comandante do III Corpo do Exército, baseado em Córdoba, defendeu a ação dos militares durante a ditadura alegando que havia “uma guerra contra os terroristas marxistas, que pretendiam criar exércitos clandestinos”.

ONU: conflito no Leste da Ucrânia deixa mais de 6,4 mil mortos em um ano

Professores iniciam greve no Chile contra reforma de Bachelet

Continua depois da publicidade

Leia mais notícias de mundo

Nesta segunda-feira, Menéndez foi condenado por “privação ilegítima de liberdade, tortura agravada e homicídio qualificado” contra uma mulher e dois homens, revelou a agência de notícias do ministério da Justiça.

Menéndez foi condenado pela primeira vez à prisão perpétua em 2008, em um julgamento em Córdoba, por sequestro, tortura e desaparecimento de quatro opositores em 1977, no campo de concentração La Perla, na mesma província.

O militar pôde ser julgado após o Congresso argentino anular, em 2003, as leis de anistia aprovadas na década de 80.

Até o momento, 563 pessoas estão condenadas por crimes durante a ditadura, e quase 900 foram acusadas de violações dos direitos humanos, segundo a Procuradoria de Crimes contra a Humanidade.

Continua depois da publicidade

Durante a última ditadura argentina desapareceram 30 mil opositores e 500 crianças foram roubadas de pais desaparecidos, segundo organizações humanitárias.

*AFP