Milhares de professores participaram de uma passeata nesta segunda-feira em Santiago, marcando o início de uma greve em rejeição a uma reforma do sistema de educação impulsionada pela presidente chilena, Michelle Bachelet, que estabelece aumento salarial condicionado a avaliações dos docentes.
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A mobilização foi convocada pelo Colégio de Professores do Chile, que tem cerca de 100 mil membros, principalmente de escolas secundárias públicas em que estudam a maioria dos estudantes do Chile.
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Segundo o sindicato, a greve teve uma adesão de quase 100% dos professores.
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– É muito importante que as autoridades façam a sua parte e isso significa o estabelecimento de uma mesa de diálogo – disse Jaime Gajardo, presidente do sindicato dos professores.
A categoria rejeita um projeto de carreira enviado recentemente ao Congresso pelo governo Bachelet, no âmbito da reforma da educação para acabar com um sistema herdado da ditadura de Augusto Pinochet (1973-1990), que reduziu os recursos públicos para a educação e incentivou as privatizações.
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A iniciativa estabelece um aumento salarial de 28% para os professores que entrarem na “Nova Política Nacional Docente”, que prevê avaliações periódicas de desempenho.
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O sindicato dos professores diz que a reforma é baseada na “desconfiança” em relação ao trabalho dos professores e rejeita as avaliações individuais de desempenho.
O governo estima que cerca de 850 mil professores vão aderir ao novo sistema e terá um custo para o Tesouro de 2,3 bilhões de dólares.
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Ao nível do ensino primário, o governo de Bachelet conseguiu a aprovação no Congresso de uma lei que elimina a seleção dos estudantes e proíbe a busca do lucro em escolas que recebem contribuições do Estado.
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Em maio, Bachelet anunciou a gratuidade aos 60% estudantes mais pobres no ensino superior a partir de 2016.
*AFP