O futuro do Grêmio Esportivo Juventus será definido na próxima quinta-feira durante reunião mensal do time. A empresa I9 Football, que assumiu o departamento esportivo em novembro do ano passado, está insatisfeita com a falta de apoio da iniciativa pública e privada de Jaraguá do Sul.
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No começo do mês, a empresa de Curitiba prestou contas aos sócios-torcedores e divulgou um investimento de cerca de R$ 800 mil, valor que inclui viagens, alimentação, salários e melhorias na infraestrutura do estádio João Marcatto. Na reunião marcada para amanhã, o diretor esportivo, Paulo Matos, afirma que espera um retorno dos empresários jaraguaenses, pois a permanência prevista para cinco anos é incerta.
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O gestor da I9 Footbal, Paulo Cesar Acadrolli, declarou em nota oficial que o projeto só terá continuidade se tiver apoio do poder publico, de empresários e da Diretoria Executivo do G.E. Juventus, auxiliando na viabilização de recursos financeiros. Caso não haja manifestação desse compromisso, a I9 Football se obriga a deixar a gestão do time, o que é permitido em contrato.
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Neste período em que I9 Football está à frente do Juventus apenas duas empresas apoiaram o time. A Multisom e o Balaroti que colaboraram com o repasse de R$ 100 mil. E Fundação Municipal de Esporte e Turismo (FME) com o transporte para as competições do Juvenil e Junior.
O presidente do Juventus, Jeferson de Oliveira, afirma que nada foi negociado. No entanto, destaca estar satisfeito com o trabalho realizado pela I9 Football. Segundo ele, ao contrário de outras empresas, eles trouxeram investimentos e pagaram todas às dividas que fizeram em nome do clube. Com isso, conquistando a credibilidade do torcedor e dos empresários locais.
– Acredito que em um ano de gestão será difícil apoio de empresários locais. O nome do Juventus vem desgastado de anos por más gestões, por isso é preciso um trabalhar de dois a três anos para se recuperar a credibilidade e confiança dos investidores – alega Oliveira.
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Segundo o diretor da FME, Alessandro Martins, as categorias de base que representam a cidade nos jogos são auxiliadas com transporte e arbitragem durante as competições locais. Tanto o Juventus quanto o Sport Jaraguá recebem essa ajuda, por incentivarem o esporte amador. Martins destaca que como a categoria profissional visa o lucro, não compete ao poder público financiar a modalidade.
Quitando dividas
O presidente do Moleque Travesso, Jeferson de Oliveira, destaca que o time vem se reerguendo aos poucos e que será um processo em longo prazo. Algumas ações trabalhistas estão sendo pagas de acordo com o dinheiro entra no caixa do Juventus, declara Oliveira. A dívida com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) chega a R$ 1,5 milhão. Além disto, o time parcelou a conta de água atrasada de R$ 100 mil que vem sendo paga mensalmente.
No momento, o time está com as equipes sub-15 e sub-17. O grupo que irá disputar mais uma vez a série B do Catarinense será montado em maio do ano que vem, por causa do alto custo dos salários dos jogadores. Oliveira destaca que a meta continua a mesma: volta à elite do futebol de Santa Catarina.
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