O avião que levava o papa Francisco à Colômbia, nesta quarta-feira (6), precisou desviar a rota prevista em razão do furacão Irma, que atinge a região das Antilhas, na América Central. Conforme o site G1, a aeronave que transporta o pontífice atravessará as ilhas de Barbados, Grenada e Trinidad. Originalmente, o avião passaria pelo espaço aéreo da ilha de Porto Rico.
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Francisco embarcou em um Airbus A330 da companhia Alitalia, no aeroporto internacional de Fiumicino, em Roma, pouco depois das 11h (pelo horário de Brasília, às 6h). A previsão inicial era de que ele pousasse na capital colombiana às 16h30min (18h30 de Brasília), mas o horário deverá ser alterado com a mudança da rota. O papa será recebido pelo presidente Juan Manuel Santos e por várias autoridades do país e da igreja colombiana.
Durante cinco dias no país, Francisco visitará Bogotá, Villavicencio, Medellín e Cartagena. A agenda representa a 20ª viagem internacional e a quinta vinda do pontífice à América Latina.
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Francisco dormirá todas as noites na sede da nunciatura apostólica de Bogotá. A partir do local, ele seguirá a cada dia para diferentes cidades.
As autoridades do Vaticano calculam que 700 mil pessoas devem saudar o papa na chegada à capital colombiana, ao longo do percurso de 15 quilômetros entre o aeroporto e a nunciatura.
Na segunda-feira (4), Francisco enviou aos colombianos uma mensagem em vídeo em que afirmou que viaja ao país como “peregrino de esperança e paz”.
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— Querido povo da Colômbia, dentro de poucos dias visitarei o vosso país. Irei como peregrino de esperança e paz — anunciou o pontífice dois dias antes da visita para impulsionar a reconciliação.
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Francisco explica que escolheu como lema da viagem “Demos o primeiro passo” porque “nos recorda que sempre é necessário dar um primeiro passo para qualquer atividade e projeto”.
O papa também disse se sentir “honrado de visitar essa terra rica de história, de cultura, de fé, de homens e mulheres que trabalharam com afinco e constância para que seja um local onde reine a harmonia e a fraternidade […] onde dizer irmão e irmã não seja algo estranho, mas um verdadeiro tesouro a proteger e defender”.
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Durante a estadia, até 10 de setembro, Francisco presidirá quatro missas para multidões, pronunciará 12 discursos e se reunirá com vítimas e atores do conflito interno.
Francisco chega ao país em um momento particularmente positivo depois que a última guerrilha ativa do país, o ELN, anunciou um cessar-fogo temporário.
O papa respaldou sem hesitação as negociações que permitiram o desarmamento de 7 mil combatentes e a transformação da guerrilha das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) em partido político.
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