Após reunião com técnicos e lideranças de cada uma das principais culturas de Joinville, a Fundação 25 de Julho sugeriu algumas medidas para amenizar os efeitos da onda de calor, especialmente para os piscicultores.

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O problema está relacionado com a temperatura da água e à falta de oxigenação nos viveiros dos peixes. A principal espécie cultivada em Joinville, a tilápia, suporta bem o calor, mas a baixa circulação de água em algumas propriedades e a intensidade do calor começa a provocar a mortandade de peixes.

-Normalmente, os peixes maiores são os que mais sofrem com a falta de oxigênio-, explica o especialista em piscicultura Roberto Hoppe.

A orientação de Hoppe para os produtores é que procurem meios de aumentar a circulação de água fresca nas lagoas, aumentando a oxigenação. Outra dica é controlar a alimentação dos peixes.

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-Com o calor, o consumo de ração diminui e se for lançada em excesso esta ração não consumida acaba se deteriorando e contamina a água-, alerta.

Até mesmo as culturas acostumadas com o calor, como o arroz e a banana, começam a sentir os reflexos do período de temperaturas altas. O presidente da Fundação 25 de Julho, Valério Schiochet, diz que a preocupação agora é com os resultados na colheita do arroz e na comercialização da banana.

-No caso da banana o que ocorre é o amadurecimento precoce dos cachos, o que dificulta a venda do produto pois, para ser comercializada, a fruta precisa sair da propriedade verde-, afirma.

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Na rizicultura, onde o sol e a água são fatores indispensáveis para a produção, o calor em excesso pode comprometer a floração que precede o grão.

-Estamos praticamente em época de colheita e neste período a falta de água não prejudica, mas o sol intenso queima a flor e isso compromete os resultados na colheita-, diz Ricardo Werner Plotow, gerente da Fundação.

O tamanho do prejuízo só deve sair em 60 dias, quando forem contabilizados os números da safra 2013-2014. Já as hortaliças estão em período de entressafra. Mas para quem tem canteiros de pepino, por exemplo, o ideal é a irrigação. A preocupação agora é com a previsão para os próximos dias.

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-Não há perspectivas para a diminuição do calor e precisamos estar preparados para encontrar alternativas a fim de minimizar os impactos na agricultura-, projeta Valério.