Os funcionários que paralisaram as atividades no Hospital de Caridade de Florianópolis decidiram continuar com a greve em assembleia realizada no final da tarde desta segunda-feira.
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A confirmação é do diretor do Sindisaúde SC, Nereu Sandro Espezim. Com isso, a direção do hospital decidiu entrar com um pedido de abusividade da greve no Tribunal Regional do Trabalho de Santa Catarina, conforme o advogado da instituição Alexandre Evangelista Neto. Segundo o advogado, o pedido se deve para a manutenção do trabalho, de acordo com a natureza essencial dos serviços de saúde.
– Temos 90% do pessoal da nutrição (que cuida da alimentação dos pacientes) parado. Não paramos com a higienização porque contratamos uma empresa terceirizada. E já acionamos Samu e Bombeiros para que enviem os casos de prontoatendimento para outros hospitais – explica Evangelista Neto.
Segundo Espezim, os funcionários voltam a se reunir na frente do hospital a partir das 7h desta terça-feira e não descartam uma passeata. Os trabalhadores – técnicos de enfermagem, funcionários da higienização, portaria e nutrição – reclamam das condições de trabalho no hospital, da melhora em benefícios como plano de saúde e vale-alimentação e pedem reajuste salarial de 12%.
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Outra solicitação é que os trabalhadores possam ter atendimento médico dentro do Hospital de Caridade (hoje são atendidos somente casos de emergência).
Na segunda-feira, o hospital apresentou propostas para encontrar um local para acomodar os trabalhadores em horário de folga, a redução da parte paga pelo trabalhador pelo vale-alimentação, o pagamento retroativo de nove feriados que não foram pagos corretamente e disponibilizar um apartamento apenas para atendimento médico de funcionários.