As Forças Armadas do Egito advertiram nesta segunda-feira que pretendem agir caso as exigências do povo não sejam atendidas no prazo de 48 horas, depois que milhões de pessoas saíram às ruas no domingo para exigir a renúncia do presidente islamita Mohamed Mursi.

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Em um comunicado lido na televisão estatal, as Forças Armadas reiteraram o “pedido para que as exigências do povo sejam atendidas e dão (a todas as partes) 48 horas, como última oportunidade, para assumir a responsabilidade pelas históricas circunstâncias que o país está vivendo”.

A divulgação do comunicado causou uma explosão de alegria entre os manifestantes que exigem a renúncia do presidente na Praça Tahrir, no Cairo, de acordo com um jornalista da AFP no local.

– Mursi não é mais nosso presidente, Sissi está conosco – gritavam os manifestantes, referindo-se ao general Abdel Fattah al-Sissi, chefe do Exército e ministro da Defesa. Durante a transmissão da leitura da nota, uma imagem do general foi exibida em um telão na praça.

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Logo depois da divulgação do comunicado, a Irmandade Muçulmana, o poderoso movimento islâmico ao qual pertence o presidente Mursi, anunciou que estudará o comunicado.

Mahmud Ghozlan, um dos líderes do movimento, disse à AFP que a direção política da irmandade vai se reunir para “decidir a sua posição”.

Pouco antes, o presidente americano, Barack Obama, fez um apelo a todas as partes no Egito para que tenham moderação diante das gigantescas manifestações contra Mursi, e pediu especificamente respeito às mulheres.

– Todas as partes devem mostrar moderação. Aqueles que estão participando dos protestos ou marchas lembrem-se que atacar mulheres não constitui um protesto pacífico – disse Obama durante uma coletiva de imprensa na Tanzânia,

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O presidente americano, que chegou nesta segunda-feira à Tanzânia, terceira e última etapa de um giro pela África, não se pronunciou sobre as reivindicações da oposição egípcia, que pede a saída do presidente Mursi, mas apelou para que o governo egípcio redobre seus esforços para restaurar a harmonia no país.

– O que está claro hoje é que, embora Mursi tenha sido eleito democraticamente, deve ser feito mais para criar as condições nas quais todos sintam que suas vozes estão sendo ouvidas no Egito – declarou Obama.

O movimento de oposição Tamarrod (rebelião em árabe), que organizou as manifestações de domingo, também elogiou a decisão do Exército que está, segundo ele, “ao lado do povo”.

O comunicado do Exército significa que “haverá eleições antecipadas”, considerou Mahmoud Badr, porta-voz do Tamarrod, que afirma ter recolhido 22 milhões de assinaturas para exigir novas eleições.

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Já a Irmandade Muçulmana, o poderoso movimento islâmico ao qual pertence o presidente Mursi, anunciou que estudará o comunicado.

Mahmud Ghozlan, um dos líderes do movimento, disse à AFP que a direção política da irmandade vai se reunir para “decidir a sua posição”.

O presidente americano, Barack Obama, fez um apelo a todas as partes no Egito para que tenham moderação diante das gigantescas manifestações contra Mursi, e pediu especificamente respeito às mulheres.

– Todas as partes devem mostrar moderação. Aqueles que estão participando dos protestos ou marchas devem lembrar que atacar mulheres não constitui um protesto pacífico- disse Obama em uma coletiva de imprensa na Tanzânia,

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O presidente americano, que chegou nesta segunda-feira à Tanzânia, terceira e última etapa de um giro pela África, não se pronunciou sobre as reivindicações da oposição egípcia, que pede a saída do presidente Mursi, mas apelou para que o governo egípcio redobre seus esforços para restaurar a harmonia no país.

– O que está claro hoje é que, embora Mursi tenha sido eleito democraticamente, deve ser feito mais para criar as condições nas quais todos sintam que suas vozes estão sendo ouvidas no Egito – declarou Obama.

Em Nova York, a ONU advertiu que a forma como forem resolvidos os distúrbios políticos no Egito terá um “impacto significativo” na transformação de outros países do Oriente Médio.

– O mundo está observando o Egito e o que o Egito fizer com sua transição terá um impacto significativo em outros países em transição na região – disse o porta-voz das Nações Unidas, Eduardo del Buey.

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– Um Egito estável e seguro é crucial para a segurança e a estabilidade regionais – disse o porta-voz.