Suor, cansaço e alívio estavam estampados nos rostos dos quatro pescadores que escaparam de um naufrágio na Praia Vermelha, em Penha. Na tarde deste domingo, três deles andavam pela areia carregando dois galões de gasolina, um remo e o pedaço de uma vara de pescar que restaram do acidente. Durante a manhã a lancha em que estavam naufragou na parte sul da praia e foi destruída ao se chocar contra as pedras do costão por volta das 11h30. Todos os ocupantes sobreviveram.
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Depois de nadar cerca de 500 metros, os amigos Fábio Cordeiro, 45 anos, Valdemir Santos de Jesus, 52, e Nil Ramos, 43, agradeciam a Deus por estar vivos. O quarto ocupante, Celso Antonio Ribicke, 36 anos, foi resgatado pelos bombeiros e levado até a costa. Os homens, que vivem em Navegantes e Itajaí, relataram que estavam pescando quando uma forte onda arrebentou a âncora e virou a embarcação.
– Fomos jogados para fora da lancha com a onda. Nós três começamos a nadar em direção a prainha e o dono do barco ficou ali até ser resgatado pelo jet sky dos bombeiros – explica Fábio Cordeiro.
Depois que o perigo passou, os três contam que ficaram assustados com o acidente. Mesmo estando de colete salva-vidas, o trajeto para tentar sair do mar foi difícil.
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– A gente não está acostumado a passar por uma situação dessas. Cansou ter que nadar até aqui, senti medo porque a correnteza levava a gente para fora e as ondas eram muito fortes – relata Cordeiro.
O local onde a embarcação naufragou é considerado perigoso por ser de difícil acesso, ter forte correnteza e muitas pedras. Para fazer o resgate foi necessário apoio do jet sky do Corpo de Bombeiros de Itajaí, do helicóptero Águia e a ajuda de uma equipe dos bombeiros do Gravatá. O dono do barco, Celso Antonio Ribicke, lembra que ficou na lancha para tentar ligá-la novamente.
– Eu tentei engatar o cabo da bateria no motor para fazer o barco funcionar e tentar tirá-lo dali, mas não consegui. Estouraram as duas âncoras com a força das ondas, graças a Deus estamos todos vivos – conta.
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Depois do susto, os homens dizem que ainda irão pescar, mas nas próximas vezes vão redobrar os cuidados.
– Vamos pescar sim, mas o que importa é a vida.