— Eles procuravam pelo apartamento da prefeita, porque eles chegaram no prédio para me entregar flores — afirmou Adeliana Dal Pont, em entrevista à Rádio CBN Diário nesta terça-feira. A alegação contraria o que havia dito a assessoria de imprensa da prefeitura de São José na segunda-feira, dia do assalto: de que a escolha do apartamento teria sido uma coincidência.

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— O que é mais ousado e mais grave é que foi um assalto encomendado. Eu não estaria em casa de qualquer forma porque foi às 15h. Moro com minha mãe de 88 anos, e depois do almoço ela caiu no chão. Eu acionei o Samu e fomos para o Hospital Regional. Ela fez um corte profundo na cabeça. A cuidadora da minha mãe foi também, mas como só uma pessoa poderia ficar lá, voltou. Nesse retorno, estavam aguardando por ela. Então a impressão que a gente tem é que eles planejaram esse assalto durante algum tempo — disse ao apresentador Mário Motta.

O crime foi praticado por menos três homens armados e uma mulher, um deles inclusive estava com uma camisa de florista. A quadrilha fez três funcionários e mais a cuidadora reféns no apartamento de Adeliana. As vítimas foram amarradas e amordaçadas. O bando conseguiu fugir levando dinheiro, joias e documentos da prefeita. A Polícia Civil já identificou as placas dos carros usados no crime.

Adeliana explicou que apesar de a segurança pública não ser uma competência da prefeitura, o município tem ajudado com câmeras e equipes de videomonitoramento.

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— Não é porque agora eu fui vítima que eu vou reforçar o pedido, porque os pedidos para aumentar o efetivo na cidade eu tenho feito desde o primeiro dia do mandato. Tanto que nos últimos concursos a gente conseguiu melhorar o efetivo do município. Infelizmente outros se aposentaram, e agora estou aguardando a formatura dos próximos para ir de novo ao governador e ao comando geral reforçar essas reivindicações. Então o fato de eu ser vítima não muda minha conduta. O que eu vou mudar é que talvez eu tenha que me lembrar que, como prefeita da quarta cidade de SC, eu não posso ir no supermercado sozinha a pé como eu sempre fiz. Fizeram isso para me intimidar! — declarou.

Ouça a entrevista na íntegra à Rádio CBN Diário