O Fluminense, tranquilo em suas ações, tentou encarar o gélido Morumbi cozinhando a partida da 11ª rodada do Campeonato Brasileiro em banho-maria e causou no São Paulo a ilusão de que a má fase teria fim. E, embora o 0 a 0 no placar não tenha sido um resultado espetacular para os cariocas, o prejuízo foi grande para os paulistas, há quatro jogos sem vencer na temporada.

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Sem Wagner, que pediu para não atuar por estar negociando sua saída das Laranjeiras, Enderson Moreira apostou em trinca de volantes para bloquear a área de Cavalieri e dar campo aos são-paulinos. O desenho fluminense em campo fora feito para iludir os donos da casa, com a habitual posse de bola improdutiva dos últimos compromissos pelo Brasileirão.

Enquanto o Flu cumpria em paz suas obrigações de marcar atrás da linha da bola, o São Paulo tocava, tocava, tocava… Sorte de Juan Carlos Osorio, em uma tremenda onda de azar, era que Alexandre Pato novamente tentava sair do lugar comum. E não fosse Diego Cavalieri, um toque de cabeça venenoso do camisa 11 poderia ter mudado a confiança de lado no Morumbi.

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Foram 30 minutos de domínio ilusório dos são-paulinos, cada vez mais impacientes para buscar o passe certeiro. Nas arquibancadas, os poucos torcedores que se aventuraram no frio deste domingo também foram tomados pela impaciência, graças a cada decisão errada dos paulistas. Assim, a confiança fincou ainda mais suas raízes nas Laranjeiras e o Fluminense passou a apertar a saída de bola como se estivesse no Maracanã.

Rafael Toloi e Edson Silva, protegidos por Lucão como volante, não se entendiam e os contra-ataques cariocas eram cada vez mais conscientes. Em um deles, Gerson desabou na área e pediu pênalti, desperdiçando a chance de finalizar com Rogério Ceni caído. A partir daí, pode se dizer que a partida só recomeçou após os 25 minutos do segundo tempo.

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O São Paulo já tinha a volta de Rodrigo Caio no lugar de Edson Silva, recuando Lucão à zaga e ajudando a recuar o Fluminense. E o camisa 3 só não fez mais porque a forte testada após confusão na área explodiu no travessão de Cavalieri. Centurión, aposta na vaga do cansado Michel Bastos, e Wesley, na de Hudson, fizeram os paulistas crescerem, mas as excessivas chances perdidas animavam apenas a torcida. Em campo, o desespero falava mais alto.

A minoria fluminense no Morumbi guardava alguma apreensão, mas tinha consigo a confiança. O lado são-paulino era tomado de aflição, tal como Osorio diante de seu quarto tropeço consecutivo. O São Paulo agora soma 18 pontos e permanece fora do G4, enquanto o Fluminense alcança 21 e se mantém entre os quatro primeiros colocados. O alento paulista é ter errado menos do que nos últimos jogos, enquanto os cariocas continuam curtindo a boa fase, cheia de confiança.

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*LANCEPRESS