Além de investigada por prolongar os prazos e solicitar aditivos financeiros para que os contratos sejam cumpridos até o fim, a Espaço Aberto é criticada por engenheiros fiscais pela postura frente aos compromissos que assume.

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As obras de acesso ao sul da Ilha e ao novo Aeroporto Hercílio Luz estariam paradas desde novembro por uma decisão da empresa, segundo o Departamento Estadual de Infraestrutura (Deinfra).

Há três meses, a construtora teria retirado o corpo técnico do canteiro de obras sem o consentimento do Estado. A empresa é responsável por dois dos cinco lotes da obra – que corresponde a toda a extensão da rodovia.

Preocupado com os atrasos, o engenheiro do Deinfra nomeado para fiscalizar a obra, Cléo Quaresma, enviou comunicado à presidência do órgão alertando sobre a construtora. Desde então, o governo estaria estudando formas de rescindir o contrato. Na mesma época, Quaresma desistiu de fiscalizar outra obra da mesma empresa devido a atraso – a duplicação da SC-403, no acesso a Ingleses.

– No sul da Ilha houve percalços, como a discussão da mudança de traçado, mas nada que justifique a paralisação. Tem muito a fazer para adiantar o serviço: bueiros, galerias e aterros, por exemplo. Quando começa uma obra, a empresa fica sujeita à qualquer modificação no projeto, isto está escrito no edital – diz Quaresma.

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Indicado pela Secretaria de Infraestrutura para assumir a fiscalização da duplicação do acesso a Ingleses, o engenheiro Ivan Amaral em menos de três meses já critica os atrasos. Pelo cronograma, a obra deveria estar 30% finalizada, mas de setembro, quando iniciou, até agora apenas 3% foram concluídos. Em termos de engenharia, significa que dos cinco meses de serviço em apenas um o trabalho andou no ritmo previsto.

– A empresa não tem planejamento para tocar uma obra assim – observa.