A Fiesc está pleiteando que o governo federal inclua nesta primeira etapa de estudos para concessões quatro trechos de BRs em Santa Catarina que ficaram de fora do pacote anunciado pela presidente Dilma Rousseff como grande aposta para investimentos neste ano. A proposta seria incluí-los na primeira etapa de estudos técnicos que o Ministério dos Transportes vai realizar no Estado. A demanda foi divugada pela entidade em um ato nesta segunda-feira.

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SC espera pelo menos R$ 7,8 bilhões em investimentos com concessões

São eles: o trecho entre Irani e Campos Novos (100km), do acesso de Chapecó até São Miguel d’Oeste (117km), um trecho de 47 km da BR-158 – do entroncamento da BR-282 até a divisa com o Rio Grande do Sul – e um pedaço da BR-470, do entroncamento com a BR-282 até a BR-116 (82 km). Os trechos estão previstos para serem concedidos para a iniciativa privada em 2016.

A mudança quer impedir que se crie primeiro um corredor de desenvolvimento que, na verdade, escoe a produção de Santa Catarina por outros locais que não sejam os cinco portos que o Estado tem, já que cria apenas uma canal de travessia entre o Paraná e o Rio Grande do Sul.

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– Dessa forma, nossos produtos vão para fora de Santa Catarina. E o administrador do Porto de Itajaí vai ter que buscar em outros Estados as cargas para exportar – disse o deputado federal Esperidião Amin (PP), presente na reunião da Fiesc.

A primeira etapa desses estudos técnicos, encomendada pelos ministério, inclui apenas a concessão da BR-153, em toda a travessia entre o PR e o RS, e também a BR-480, no trecho entro o entroncamento da BR-282 e a cidade de Chapecó. As duas estão previstas para serem concedidas à iniciativa privada em 2015.

– É uma situação deplorável o que se encontra hoje lá no Oeste – reclamou o engenheiro civil Ricardo Saporiti, que avaliou as condições das rodovias da região a pedido da Fiesc e apresentou o relatório nesta segunda-feira.

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Na apresentação, realizada no auditório da entidade, foram destacados aspectos econômicos e sociais em defesa das melhorias das estradas. Circulam pela BR-282 aproximadamente 1.100 carretas de 30 toneladas por dia com milho, soja, carnes de aves e suíos, entre outros produtos. Também foram registrados 1090 acidentes na mesma rodovia federal e mais 263 acidentes na BR-163.