As lágrimas dos jogadores da Seleção Brasileira, que se tornaram comuns durante a execução do Hino Nacional nas três partidas da fase de grupos da Copa do Mundo, repetiram-se no último sábado, no Mineirão, mas em um contexto diferente. O choro aconteceu antes da disputa de pênaltis com o Chile, vencida por 3 a 2. O volante Fernandinho, porém, defendeu seus companheiros e garantiu que ninguém precisa de ajuda externa para manter o controle emocional.

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– As conversas que tivemos com as psicólogas foram muito boas. Agora é entre nós, no vestiário. Todos são experientes, cascudos, com condições de analisar as coisas e tentar mudar. O que pode fazer a diferença é a conversa entre nós. Todos sabem o que precisam melhorar. Procuro ficar da forma mais tranquila possível e me concentrar ao máximo – afirmou Fernandinho em coletiva de imprensa na segunda-feira.

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Antes do início da Copa, os jogadores da seleção foram avaliados pela psicóloga Regina Brandão, que já realizou trabalhos anteriores com o técnico Luiz Felipe Scolari. E, de acordo com Fernandinho, isso foi suficiente para preparar um grupo classificado como “cascudo” por ele.

O volante destacou que todos da seleção sabem da importância de disputar uma Copa dentro do Brasil e tentar vencê-la. Ele tratou de defender seus companheiros ao avaliar que cada um reage de uma forma diferente. E lembrou, que apesar de toda a pressão, o Brasil conseguiu superar o Chile na disputa de pênaltis, no último sábado, no Mineirão, e avançou para as quartas de final do Mundial.

– Sabemos que temos responsabilidade grande, de representar o País, 200 milhões de pessoas que podem ter uma alegria por causa de nós. Como seres humanos, podemos sentir emoções em momentos críticos. Conseguimos manter a concentração nos pênaltis. Talvez o Julio Cesar tenha sido quem mais se concentrou. Antes mesmo dos pênaltis, ele transmitiu muita confiança – lembrou.

Questionado diversas vezes em entrevista coletiva nesta segunda-feira sobre a pressão psicológica enfrentada pela seleção, Fernandinho avaliou que o assunto deve ser esquecido.

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– Vamos trabalhar nessa semana para ver o que a Colômbia tem de forte e de fraco também. Não adianta a gente dar ênfase nisso e esquecer o jogo de sexta – defendeu.

Na próxima sexta-feira, diante da Colômbia, a seleção terá que superar o recente trauma de ter sido eliminado nas quartas de final das duas últimas edições da Copa, pela França em 2006 e pela Holanda em 2010. Fernandinho, porém, garantiu que o assunto não é comentado dentro do grupo atual, mesmo pelos jogadores que estiveram presentes nessas duas derrotas.

– A gente não conversa sobre o que passou. Vivemos o presente, esse momento maravilhoso nas nossas carreiras. Evitamos conversar sobre o que aconteceu. Estamos muito focados no hoje, no presente. Será o jogo mais importante de nossas vidas e vamos fazer tudo pra classificar – concluiu.