Pelo ponto de vista dos negócios fechados, o 7° Feirão da Casa Própria em Florianópolis ficou abaixo do esperado pela Caixa Econômica Federal. O banco não conseguiu fechar os 3,5 mil negócios esperados para este ano.

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Em compensação, o valor total arrecadado cresceu 12,2%, subindo R$ 358 milhões, em 2010, para R$ 402 milhões nesta edição.

No total, o Feirão fechou 3.428 negócios, 50 a menos que o do ano passado. O número que explica o cenário é o valor médio dos imóveis disponíveis que aumentou cerca de 13,6% desde 2010. O crescimento foi de R$ 103 mil na edição passada para R$ 117 mil, aproximadamente, neste ano.

Djalma Cardoso, coordenador da plataforma de Habitação da Caixa, esperava aumento no número de negócios. Já em relação ao público, a queda no número de visitantes não surpreendeu. Em 2010, estiveram no Feirão 19.961 pessoas e, neste ano, 14.991. Para ele, isto acontece porque o público que vai ao Feirão, hoje, é o que está disposto a comprar.

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Mais da metade das unidades à venda no Feirão era do programa Minha Casa Minha Vida. Representantes de imobiliárias presentes na feira atribuem o aumento nos preços à avaliação do governo federal para Santa Catarina neste ano, que elevou o limite de valor dos imóveis do programa do governo de R$100 mil para R$130 mil nas regiões do entorno de Florianópolis, além do aumento no custo de produção.

Um exemplo da quebra de expectativas em relação ao número de negócios fechados neste Feirão é o Residencial Palmas da Imperatriz. A dona da CR Imóveis, Cátia Regina da Silva, afirma que o empreendimento, localizado em Santo Amaro da Imperatriz, com piscina e apartamentos de dois quartos com churrasqueira, a R$ 86 mil, vendeu sete unidades. Enquanto que no ano passado, o residencial com as mesmas facilidades e também no programa do governo, mas localizado em São José e por um preço melhor (R$ 68 mil), vendeu 116 unidades.

Mesmo nestas condições, segundo Cátia Regina, os imóveis que mais saem no Feirão são os de até R$ 130 mil. O público da feira, de acordo com a sua observação, é o de renda familiar compatível com o programa de habitação do governo, até 10 salários mínimos ou R$ 5,4 mil mensais.

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