Quem será responsabilizado pelo prejuízo à saúde e meio ambiente causado pelo vazamento de óleo no Ribeirão da Ilha e Tapera, em Florianópolis, ainda não está foi definido. Os transformadores, de onde vazaram o óleo, estão localizados em área que em processo de permuta, passando da Celesc para a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). O presidente da Fatma, Murilo Flores, informou ter notificado as duas entidades, mas acredita que a decisão final cairá nas mãos da Justiça.

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O presidente da Fatma disse que os transformadores pertenciam à Celesc, mas que o terreno está sob o domínio da UFSC. O procurador da universidade, Cesar Azambuja, afirmou que a UFSC não recebeu o imóvel que seria acrescentado à Fazenda da Ressacada – estação experimental do Centro de Ciências Agrárias – porque a área estaria alienada por causa de dívidas da estatal.

– Não houve a efetivação. A propriedade continua com a Celesc, tanto que contam com vigilância contratada pela estatal no local – observou.

Em nota, a Celesc informou que em 27 de dezembro foram removidos completamente o volume de óleo do canal e que as amostras responsáveis pelo embargo da Fatma foram coletadas em 20 de dezembro, antes do início das ações emergenciais adotadas pela empresa de geração e distribuição de energia elétrica. Segundo o documento, foram encontradas substâncias cancerígenas na água. A contaminação teria ocorrido em 16 de novembro, mas a denúncia só chegou ao órgão em 20 de dezembro.

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“Após os resultados das (novas) análises, a Celesc prosseguirá realizando as atividades de monitoramento e adotará as providências julgadas necessárias quando concluída a apuração das responsabilidades”, informou a nota da Celesc.