Desde que o IML confirmou que o corpo encontrado em um matagal no Km 18 da BR-470 era o de Tamara Pereira, amigos e familiares lamentaram a morte da jovem nas redes sociais. Com a postagem de uma imagem com a palavra luto, pessoas próximas manifestaram o pesar pela morte da jovem de 23 anos.
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Em postagens da rede social Facebook, os amigos comentam que Tamara era uma pessoa alegre, meiga divertida e batalhadora. Eles pedem também que a justiça seja feita o mais rápido possível. Nas páginas dos familiares de Tamara, amigos postaram mensagens de carinho e desejaram força e fé à família.
Tamara Pereira era a filha mais velha de Ester Helena Pereira. Nos últimos meses, ela dividia com a mãe o desejo de comprar o próprio carro. Trabalhava como repositora de estoque no Supermercado Schneider, no bairro Água Verde. Conforme a mãe, parou de estudar depois de se formar no Ensino Médio, mas queria voltar à vida acadêmica.
A jovem foi jogadora de futebol e defendeu Blumenau em diversas competições como Joguinhos Abertos de Santa Catarina (Jasc) e Olimpíadas Escolares de Santa Catarina (Olesc).
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O enterro vai ocorrer nesta sexta-feira às 10h no Cemitério São José, no Centro de Blumenau.
Entenda o caso
Tamara foi vista pela última vez na rua Frei Estanislau Schaette, no bairro Água Verde, em Blumenau no dia 21 de junho. Ela saiu para ir a uma festa no bairro Progresso e não voltou para casa.
Taís Pereira, tia da garota, reconheceu o brinco e a chave que estavam junto ao corpo. Além da identificação dos objetos, o Instituto Médico Legal (IML) confirmou a identidade de Tamara através de suas impressões digitais, coletadas na tarde desta quinta-feira.
A família não foi autorizada pelo IML de Blumenau a ver corpo, que já estava em estado de decomposição, mas segundo Taís os objetos e a roupa encontrados com a mulher batem com o que Tamara tinha e vestia no dia que desapareceu. De acordo com a Polícia Civil, a jovem teria sido morta com pancadas na cabeça.
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– Vai ficar um vazio imenso agora. A Tamara era a minha filha mais velha, sempre muito protetora com as duas irmãs. Era alegre, carinhosa tinha muitos amigos que gostavam dela. Não tem explicação para o que aconteceu – desabafou a mãe da vítima por telefone.
Amigos e familiares de Tamara foram ao IGP de Blumenau na tarde desta quinta para fazer o reconhecimento do corpo. Segundo o instituto, o corpo ainda está passando por avaliações e será liberado para a família na manhã de sexta-feira. Como o corpo está em avançado estágio de decomposição, não será realizado velório.
O delegado responsável pelo caso, Ronnie Esteves, afirmou que não antecipará informações para não prejudicar o andamento das investigações. Limitou-se a dizer que a Polícia Civil mudou o foco, já que trabalhava inicialmente com a chance de Tamara ainda estar viva.
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Exemplo em casa e nas quadras
O esporte era parte importante da vida de Tamara. De acordo com Claudionei Laguna, ex-preparador-físico da equipe de futsal feminino de Blumenau, a jovem que foi jogadora e defendeu a cidade em várias competições era uma jovem exemplar e dedicada. A mãe conta que Tamara treinava sempre aos sábados e de vez em quando se reunia com os colegas para fazer um churrasco.
– Ela começou com essa coisa de esporte com uns 10, 12 anos. Sempre gostou muito de esporte, desde bem pequena – relembra Ester.
Em meio à vida corrida de aspirante a esportista, a jovem encontrava tempo para trabalhar como repositora de estoque no Supermercado Schneider, no bairro Água Verde. Conforme conta Ester, parou de estudar depois de se formar no Ensino Médio, mas tinha vontade de voltar à vida acadêmica.
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– Tamara gostava de sair, ouvir música, ir ao cinema e fazer tudo que as meninas da idade dela gostam de fazer. Infelizmente veio alguém e acabou com tudo isso – lamenta a mãe.
Vídeo auxilia nas investigações
As imagens de uma câmera de segurança divulgadas pela Polícia Civil mostram uma pessoa vestida com calça preta e blusa brança, o mesmo estilo de roupa que Tamara vestia durante a última vez em que foi vista, entrando em um carro. Logo em seguida, o veículo acendeu os faróis e saiu. Confira o vídeo abaixo:
Caso Tamara
21 de junho – Tamara Pereira, de 23 anos, foi vista pela última vez. Ela morava no bairro Água Verde e saiu de casa para ir em uma festa no Progresso. Morena de 1,53 metros, vestia calça jeans preta, blusa branca de botões e uma jaqueta de couro ecológico preta.
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23 de junho – depois a família registrou um Boletim de Ocorrência (BO) informando o desaparecimento da jovem.
28 de junho – A Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da Central de Polícia de Blumenau recebeu por telefone a informação de um possível paradeiro da moça. A informação acabou não se confirmando.
30 de junho – Polícia Civil coletou imagens das câmaras de segurança de estabelecimentos comerciais da região em que Tamara desapareceu.
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1º de julho – Familiares e amigos de Tamara se reuniram para um protesto pacífico na rua Frei Estanislau Schaette, no bairro Água Verde, em Blumenau.
2 de julho – A jovem foi encontrada morta em Ilhota e a tia reconheceu os objetos que estavam com ela (brinco e chaves).