A família do surfista Ricardo dos Santos, o Ricardinho, manifestou-se na tarde desta quarta-feira, 9, a respeito da recomendação do Ministério Público de Santa Catarina sobre a permanência do soldado Luis Paulo Mota Brentano no 8º Batalhão de Polícia Militar em Joinville. A Polícia Militar já foi autorizada a expulsá-lo da corporação após fim do processo administrativo em agosto.
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No texto em resposta parcialmente favorável ao pedido de habeas corpus da defesa de Mota, o Procurador de Justiça Pedro Steil defende a permanência do denunciado no quartel. O policial responde por homicídio triplamente qualificado após matar Ricardinho com dois tiros na Guarda do Embaú em janeiro deste ano.
Por telefone, o padrinho do surfista, Andrei Malhado, disse que teme o desdobramento do caso, que será avaliado pela 4ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de SC nesta quinta-feira.
– O parecer do procurador não preocupa só a mim, mas a toda a família. Porque é estranho dizer que o soldado tem direito à vida, mas ele também responde à vida de quem ele tirou. Não queremos olho por olho, nem dente por dente. Queremos que ele vá para a prisão comum, mas entendemos que deve ficar em ala separada – defende.
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Andrei também informou que a mãe do surfista Ricardinho, Luciane Dalcema dos Santos, estaria desesperada com o possível desdobramento da manifestação do MP-SC.
Expulsão da PM pode agravar pena de soldado que matou surfista Ricardinho