Três dias depois, a Polícia Civil segue procurando pelo motorista que atropelou a ciclista Simoni Bridi, 28 anos, que pedalava na ciclofaixa no km 18, por volta da 1h na SC-401, em Florianópolis, e fugiu sem prestar socorro. Simoni voltava para casa, no Morro do Mosquito, na Vargem do Bom Jesus, depois de ter cumprido dupla jornada de trabalho.

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Arlete Bridi, mãe de Simone Bridi, morta quando voltava para casa de bicicleta na SC-401

O delegado responsável pelas investigações, Alexandre Carvalho, não revela informações e não quis responder se câmeras de segurança de estabelecimentos próximos ao local gravaram o momento do atropelamento, mas garante que está empenhado no caso:

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– Já ouvimos pessoas e vou conversar com a família. Não posso passar detalhes para não atrapalhar, mas estamos trabalhando para em breve ter a autoria – disse.

Na dor do luto, a família não sossegou atrás de respostas. Irmãos e cunhados estão indo por conta própria ouvir quem mora próximo, em busca de qualquer pista que possa levar ao autor do crime. A mãe da auxiliar de cozinha, Arlete Bridi, pede justiça:

Família de ciclista atropelada na SC-401, em Florianópolis, pede justiça

– A única coisa que temos é o atestado de óbito dizendo que minha filha morreu de traumatismo craniano. Nem as coisas pessoais que estavam com ela conseguimos receber de volta ainda. Espero que a Polícia consiga descobrir logo quem fez isso com ela – falou.

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Até o momento, a única informação que a família teve foi de um vigilante de um posto de combustível próximo, que teria visto um Gol branco depois de ouvir o estrondo.

Bombeiros que atenderam ocorrência encontraram Simoni ainda com vida

O soldado Everton de Pádua Costa, que participou do primeiro atendimento a Simoni, conta que os Bombeiros receberam o chamado da central por telefone, informando que uma mulher estava caída às margens da rodovia próximo à base deles. Ao chegar no local encontraram Simoni bastante machucada, mas ainda com alguns sinais vitais:

– Tinha uma senhora no local esperando e vimos que a moça estava muito machucada com traumatismo craniano. Levamos para UPA para tentar estabilizá-la, acompanhamos os médicos na tentativa de reanimação, mas sabíamos que a situação era grave e ela não resistiu – contou Pádua.

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Com a grave situação, os Bombeiros se ocuparam de fazer os primeiros socorros, e como Simoni já estava fora da pista, a Polícia Militar Rodoviária (PMRv) não foi acionada. O major Mauro Rezende, responsável pela comunicação da PMRv, explica esta ocorrência foi singular por ter ocorrido na madrugada, e a mulher ter sido encontrada nas margens da rodovia:

– Neste caso, quando tivemos a informação, o óbito já havia sido declarado, a cena adulterada, então o caso foi diretamente para a Polícia Civil, pois é um caso de investigação policial, de competência deles. Se tivesse acontecido um flagrante do acidente, com certeza teríamos ido até o local na hora, e poderíamos ter feito barreiras na tentativa de encontrar o veículo responsável – explicou.

Quanto à placa de contagem de dias sem morte na rodovia não ter sido alterada, o major garantiu que a mudança será feita o mais breve possível.

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