Apesar de pronto, o contorno viário de Garuva não será liberado neste fim de ano, período de maior movimento de veículos em direção às praias de Itapoá e Guaratuba (PR). Uma determinação da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) obriga que o tráfego seja autorizado somente quando a iluminação do elevado da BR-101 estiver concluída.

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O Contorno Sul inicia no Km 10 da BR-101 e termina na intersecção com a SC-417, na localidade de Palmital. A pavimentação e sinalização da estrada já foram concluídas, mas dois trechos ainda permanecem interditados: o viaduto e o trevo com a rodovia estadual. Quando for liberada, a via será alternativa para veículos pesados que seguem em direção ao Porto de Itapoá. Além disso, o acesso ao litoral também poderá ser feito sem passar pela área urbana de Garuva.

Alguns moradores e trabalhadores da região já trafegam na estrada, mesmo sem a liberação total do trecho. O local, porém, é considerado perigoso porque está às escuras.

– As pessoas que passam pela rótula (próximo ao viaduto) e param aqui no posto reclamam bastante. À noite, torna-se perigoso, já que fica bem escuro. Sem contar a volta que as pessoas precisam fazer para retornar – explica o operador de caixa, Lucas Katinske, 27 anos, que trabalha em um posto de combustível próximo ao acesso.

A volta a que Lucas se refere é o trajeto que os motoristas precisam realizar ao sair do contorno para acessar a BR-101, no sentido Joinville. Como o viaduto está fechado, os carros trafegam até a entrada de Garuva para acessar o sentido Sul da rodovia. A escuridão no acesso próximo ao viaduto também dificulta a visibilidade dos moradores. Na rótula próxima ao elevado, há apenas um poste de energia da rede da avenida Celso Ramos.

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De acordo com o engenheiro Rodney Heyse, fiscal de obra do Deinfra, serão colocados 24 postes de iluminação na área do viaduto, na parte de cima e de baixo. As lâmpadas serão de LED e o investimento deve ser de aproximadamente R$ 250 mil. A colocação da iluminação depende do processo de licitação que deve ser iniciado em janeiro do próximo ano, após a dotação orçamentária. O procedimento será elaborado junto à Celesc e a expectativa é que a conclusão ocorra ainda no próximo ano.

– O prazo licitatório geralmente demora 45 dias, mas, se tudo correr bem (se ninguém entrar com recurso, por exemplo), até fevereiro conseguimos iluminar – garante.

Insegurança em viaduto

A comerciante Marcia Pereira Gonçalves, 30 anos, possui um estabelecimento às margens do viaduto. Para ela, além da escuridão dificultar a visibilidade dos motoristas à noite, ainda possibilita a aglomeração de pessoas que utilizam o local para usar drogas ou dormir.

– Às vezes, por conta da escuridão, junta bastante gente embaixo do viaduto. E também, quando liberar, vai ajudar os nossos clientes. Hoje, eles precisam dar uma volta grande, já que o viaduto não está liberado – afirma.

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