Além do movimento intenso de veículos – mais de 14,1 mil por dia, segundo estatísticas da Polícia Militar Rodoviária –, a SC-417, entre Garuva e Itapoá, chama a atenção pela quantidade de reparos no asfalto. Em uma extensão de pouco mais de 17 quilômetros – depois, quando entra no território do Paraná, ela passa a se chamar PR-412 –, há dezenas de trechos com remendos de asfalto, o que deixa a pista com ondulações.
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Obras do contorno de Garuva, no Norte de SC, estão com 88% dos trabalhos concluídos
A reta do Palmital, entre os quilômetros 11 e 14 no sentido de Garuva, é um desses trechos. Na sexta-feira passada, ¿AN¿ percorreu toda a rodovia e flagrou funcionários de uma empresa terceirizada que prestava serviços no município de Guaratuba tapando os buracos da pista com as sobras de asfalto. Vale lembrar que para o reparo ser feito com qualidade é necessário ser aberto um processo licitatório.
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Não bastassem os buracos, a ausência de acostamento é outro grave problema. A largura existente inviabiliza a parada de qualquer veículo em situação de emergência. Já a vegetação encobre boa parte das placas de sinalização vertical e deixa o motorista, muitas vezes, às cegas na rodovia. E o que falar das retas? Mesmo com o asfalto deteriorado, elas são um convite para os motoristas arriscarem ultrapassagens, mesmo que o limite de velocidade seja de 80 km/h.
Talvez por causa dessa facilidade, o número de acidentes com vítimas na SC-417 tenha subido de sete para dez na comparação entre 1º de janeiro e 26 de março deste ano com o mesmo período do ano passado. Um deles teve vítima fatal. No dia 15 de março, o ex-vereador de Itapoá Ernesto Policarpo de Aquino, de 51 anos, colidiu de frente com uma carreta na altura do km 11 e morreu no local.
No total, foram registrados 15 acidentes neste ano, cinco sem vítimas.
– São muitos os fatores que dão origem aos acidentes, mas o principal é a imprudência do motorista – diz o subtenente Paulo Cesar Pereira, responsável pelo 18º Grupo do Comando de Policiamento Militar Rodoviário de SC.
SC-416 também oferece riscos
Outra rodovia que corta a região e registra grande movimento de caminhões é a SC-416. Ela faz a ligação da SC-417 com o Porto de Itapoá e tem um fluxo médio de 3.017 veículos por dia – dados referentes a dezembro do ano passado. Com pavimentação inaugurada em janeiro de 2012, a estrada já apresenta sinais de desgaste no asfalto e na pintura das faixas horizontais. Outros problemas recorrentes são a má conservação das placas de sinalização, invariavelmente cobertas pela vegetação ou danificadas pela ação do tempo ou de vândalos.
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Recentemente, dois acidentes graves provocaram mortes na rodovia. Um deles aconteceu perto do km 22 no dia 17 de março. O motorista de um utilitário morreu no local após colidir o veículo contra um automóvel. O trecho ali é sinuoso, com curvas fechadas, o que exige muita atenção do condutor. De acordo com o setor de estatísticas da Polícia Militar Rodoviária, quatro acidentes com vítimas foram registrados na SC-416 desde o início do ano, sendo dois deles com mortes.