Faixas com pedidos de socorro apareceram em frente ao Hospital de Camboriú nos últimos dias. O manifesto – de autoria desconhecida – chama atenção para a crise vivida pela instituição, que acumula dívidas de quase R$ 7 milhões. Com salários atrasados, funcionários – sem se identificar – apontam descaso, enquanto o Ministério Público aguarda respostas das autoridades para seguir com inquérito que apura a situação na unidade.
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Mais de um mês após pedir informações para Fundação Hospitalar de Camboriú – que administra a unidade -, Secretaria de Saúde do município e do Estado, o MP ainda aguarda um retorno. O prazo das autoridades para responder as solicitações da promotora responsável, Andrea Gevaerd, acaba dia 18.
Enquanto isso, a fundação tenta colocar parte das contas em dia. Os salários dos 44 funcionários que atuam no local ainda estão atrasados – parte de julho e todo mês de agosto, cerca de R$ 70 mil.
Administrado pela prefeitura, o pronto-atendimento do hospital permanece funcionando. Cirurgias e internações, porém, só ocorrem para pacientes da rede particular. Quem precisa desse tipo de atendimento via SUS é encaminhado aos hospitais Marieta, em Itajaí, e Ruth Cardoso, em Balneário Camboriú.
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Município fala em auditoria
De acordo com a secretária de Saúde da cidade, Márcia Freitag, o conselho do hospital quer fazer uma auditoria interna para levantar todas as dívidas e credores da fundação. No entanto, ressalta que o município não tem condições financeiras para assumir o hospital.
– Por enquanto não estamos vendo nenhum movimento positivo sobre essa questão. O município também não pode intervir em uma instituição privada, além de não termos dotação orçamentária para sustentar um hospital. A prefeitura já mantém dois pronto-atendimentos – relata.
O Hospital de Camboriú conta com 66 leitos e é o único da cidade, atendendo, inclusive, todo Estado para cirurgias eletivas. Hoje, no entanto, a instituição não faz mais que quatro cirurgias por dia, e somente para pacientes particulares.
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