Moradores de Jaraguá do Sul que visitarem o espaço que abrigou a antiga usina de leite, na localidade Garibaldi, verão um cenário diferente do abandono registrado nos dois últimos anos.
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Inaugurada no fim de 2011, a unidade de processamento de frutas deu rumo novo ao trabalho de 25 agricultores. Na usina, administrada pelo Condomínio de Produtores Rurais, o açaí da palmeira-juçara se torna uma polpa que pode ser usada para fazer de sucos a doces.
A produção da polpa do açaí catarinense (como é conhecida a palmeira-juçara) começou há cerca de 15 dias. Até agora, já foi processada uma tonelada da fruta, que está armazenada em uma câmara fria. A usina tem capacidade para fazer dois mil quilos de polpa por semana. Mas, por enquanto, não há contrato de compra fechado.
O processo de lavagem, seleção, despolpamento e embalamento é feito por cinco produtores. Eles trabalham duas vezes por semana e recebem R$ 7 por hora. A colheita do fruto está a cargo de oito agricultores. Outros 12 são produtores de açaí: recebem R$ 1,30 por quilo da fruta.
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Às terças e quintas-feiras, das 7h30 às 17 horas, a produtora de palmito e pupunha Renelda Verbinen, 50 anos, trabalha na usina lavando o açaí colhido. Primeiro, ela coloca as frutas em um compartimento com água fria, que limpa a casca; e depois, em água morna, que a amolece. Em seguida, é a vez da despolpadeira.
– Além de ajudar na renda, é uma experiência diferente. Nunca tinha trabalhado em uma firma -, compara Renelda.
O marido dela, Nelson Verbinen, 62, seleciona as frutas.
– As verdes ou que passaram do ponto são usadas como adubo -, explica o agricultor.
Presidente do Condomínio de Produtores Rurais, que congrega 25 produtores, Adir Duwe comenta que o grupo negocia a venda da produção com duas empresas. Uma de São Paulo, que fornece polpa para restaurantes, e outra de Porto Alegre, que produz barras de cereal.
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A intenção é vender o quilo de polpa por R$ 8. O condomínio também busca credenciamento para processar outras frutas, como laranja, abacaxi, maracujá e tangerina.
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