A Secretaria de Agricultura de Jaraguá do Sul e a Fundação 25 de Julho, órgão ligado à Secretaria de Agricultura de Joinville, pretende formar uma parceria para transformar a antiga usina de leite, localizada na comunidade de Garibaldi, numa unidade de beneficiamento do açaí.

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Inaugurada em 2003, a pequena indústria funcionou até 2010, quando a cooperativa de produtores que administraram a usina desistiram de manter o negócio.

Há dois anos a Prefeitura de Jaraguá do Sul tenta achar uma solução para reativar a estrutura erguida num orçamento de R$ 300 mil. Com a produção leiteira deixou de ter uma importância na região, a ideia foi criar outra alternativas de renda.

Como em Joinville existem aproximadamente 300 produtores que cultivam a palmeira nativa da espécie Juçara, que dá o fruto do açaí, e como essa planta está em risco de extinção e não pode ser cortada, mas apenas aproveitado o fruto, surgiu a oportunidade de utilizar a antiga usina de leite para poder fazer polpa do açaí para atender a alimentação de escolas de Joinville e Jaraguá do Sul, além de colocar o produto no mercado.

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– A produção do açaí não é explorada por falta de uma estrutura para industrializar esse fruto. Quando soubemos que em Jaraguá há essa usina disponível, iniciamos esse trabalho para tentar encontrar um local que estimule essa produção na região -, disse o presidente da Fundação 25 de Julho, Rivelino Simas, que nesta quinta visitou a usina.

O secretário de Agricultura de Jaraguá do Sul, André Cléber de Melo, disse que não há planos para retomar a produção leiteira porque não há mais esse interesse dos agricultores devido a baixa valorização no mercado e a concorrência. Ele

acredita que essa proposta de parceria com Joinville poderá estimular a preservação da plameira Juçara, que está ameaçada.

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– Atualmente há o corte ilegal dessa planta. Com a ativação da usina para a produção da polpa do açaí pretendemos estimular a preservação dessa espécie e dar melhorar a receita dos agricultores. Aqui em Jaraguá temos 1,8 mil propriedades que têm essa espécie cultivada -, salientou o secretário.

A formalização da parceria ainda será debatida entre as duas secretarias para que seja definidos formas de gestão do negócio.

– A nossa ideia é formar uma associação para administrar. Estamos ainda na avaliação técnica dos equipamento. Acredito que até o final do ano teremos uma definição -, disse Melo.

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