A mobilização do 7 de Setembro deve levar novamente manifestantes às ruas de SC. Há eventos nas redes sociais em 10 cidades (Florianópolis, Joinville, Chapecó, Araranguá, Criciúma, Imbituba, Brusque, Bombinhas, Balneário Camboriú e São José). O perfil deve ser o mesmo dos maiores atos de junho: jovens com uma pauta vasta de demandas. Mas os números de adesão, a princípio, serão diferentes.
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Se todos os confirmados hoje comparecerem, serão 6.373 manifestantes no Estado. Mesmo que sejam somados também os que responderam que talvez participem, as manifestações agendadas para o feriado de independência não conseguirão repetir nem os números dos protestos da Capital em junho.
Para se comparar a expressão da mobilização na internet, em junho, apenas um dos vários eventos criados, de autoria do estudante Fernando Bastos, teve 7 mil confirmados na mesma noite em que foi colocado na rede e mais de 15 mil no dia seguinte, próximo ao horário marcado.
– Acho que não tem como ser tão grande como em junho. Não que falte motivo, mas acho que as pessoas estão meio extasiadas de manifestações – disse Fernando, mesmo assim garantindo que irá participar.
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O Movimento Passe Livre e a Frente de Luta pelo Transporte Público, que foram grupos atuantes durante as manifestações recentes, afirmaram que não pretendem participar desse protesto do 7 de Setembro.
– Houve já um papel de desmobilização significativo. Não imagino que as coisas vão atingir as mesmas proporções – disse o doutor em Ciência Política Julian Borba.
Na avaliação do professor, há um fato recente pode ser um elemento motivador para despertar a população para o tema da corrupção e da impunidade: a Câmara dos Deputados não ter cassado o mandato do deputado Natan Donadon, preso há dois meses.
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O estudante de Ciências Contábeis Richard Schmidt, 25 anos, é um dos confirmados no evento marcado para a Capital e se diz indignado com gastos em benefício dos políticos:
– Acabo ficando irritado só pensando nos acontecimentos atuais.
O setor de inteligência da Polícia Militar está monitorando a realização de manifestações no Estado. Segundo a comunicação social da PM, se ocorrem protestos, o procedimento será semelhante ao dos anteriores: a PM mobilizará grande efetivo e acompanhará os desdobramentos nas ruas.