O anúncio de que a Prefeitura de Joinville planeja cortar até 20% dos cargos comissionados (cerca de cem postos) como medida de contenção de despesas não significa, segundo o prefeito Udo Döhler, que os cortes já tenham prazos definidos para acontecer ou que todos os cem funcionários de confiança serão necessariamente demitidos.
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A maior preocupação, diz Udo Döhler, é poder garantir o pagamento dos servidores. Ao mesmo tempo, a Prefeitura precisa apertar os cintos para não comprometer ainda mais a receita do município com a folha salarial: hoje, a folha abocanha 52,6% da receita. Como o limite prudencial é de 51,3%, o percentual atual tem de ser reduzido.
– Vou ter que reduzir isto e tenho um prazo para fazê-lo, de oito meses. Se não o fizer, estou cometendo um ato de improbidade administrativa. Aí, sou obrigado a reduzir o quadro de servidores, que começa pelos contratados, comissionados, e assim por diante. Coloquei (os cem comissionados) como meta porque preciso quantificar. Mas, se não for necessário, eles não serão dispensados porque precisamos dos servidores – analisa.
Ainda no início do ano passado, diz Udo, já havia indicativos de que não seria possível pagar o 13º salário dos servidores caso o município não cortasse despesas. O comprometimento da folha, completa, cresceu a partir de fatores como a educação infantil, que abriu 8 mil vagas nos últimos anos e agregou cerca de 450 novos servidores ao município.
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