O advogado Marcelo Leonardo afirmou que o seu cliente Sérgio Cunha Mendes, vice-presidente executivo da Mendes Júnior, fez pagamentos ao doleiro Alberto Youssef para garantir o andamento de um contrato de obra na refinaria Presidente Vagas (Repar), no Paraná.

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O defensor disse que Sérgio, no depoimento, confirmou que conhecia o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa e o doleiro Alberto Youssef, dois dos principais suspeitos de operarem o esquema de desvio de recursos da estatal.

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– Ele (Sérgio) foi pressionado por eles para fazer um pagamento sob pena de os contratos da empresa e os futuros não terem andamento. Em razão dessa extorsão, ele fez um pagamento para as empresas de Alberto Youssef. O valor total foi de R$ 8 milhões – disse.

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Os pagamentos teriam sido feitos por meio de quatro depósitos bancários nas contas das empresas de Youssef, entre julho e setembro de 2011. O advogado negou que o seu cliente tenha participado de qualquer clube de empreiteiras que estivesse interessada em formar cartéis para decidir antecipadamente os vencedores das licitações das obras da Petrobras.

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Segundo a defesa, as obras e os contratos eram legais, mas, no andamento do calendário, Youssef e Paulo Roberto Costa ameaçavam cortar recursos previstos em contratos caso não fosse feito o pagamento de propina. O advogado disse não ter conhecimento do destino do dinheiro da propina depois de chegar às mãos de Paulo Roberto Costa. Segundo as investigações e depoimentos em delação premiada, o recurso chegaria por fim nas mãos de partidos como PT, PMDB e PP.

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