A retomada da discussão sobre execução das penas dos condenados pelo mensalão causou completa surpresa no Palácio do Planalto. Ninguém esperava que a reabertura do julgamento tratando da decisão sobre a prisão dos envolvidos pudesse ocorrer agora. E, muito menos, que ela pudesse ser colocada em prática de imediato.

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Houve quem interpretasse a iniciativa como um golpe para os réus. A presidente Dilma Rousseff, no entanto, manteve a mesma postura de quando o tema estava em discussão no Supremo Tribunal Federal: não trata deste assunto e nem autoriza nenhum de seus assessores e ministros a falarem sobre ele. Ela quer se manter à distância e manter também seu governo à distância dessa discussão, que justifica ser competência apenas do Judiciário.

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Entretanto, apesar dessa orientação, integrantes do governo avaliavam que liquidar esta questão, no momento, não é de todo ruim. Ao contrário. Se a discussão sobre prisão dos réus for encerrada ainda este ano, é até bom. O raciocínio é que com isso, se entraria em 2014, o ano da tentativa de reeleição da presidente, com este assunto zerado.

Outra avaliação entre interlocutores da presidente é de que este assunto não respinga em hipótese alguma sobre ela, já que a presidente segue adiante nas suas funções independentemente do julgamento. Executa os seus projetos, viaja e inaugura obras. Nesse sentido, o julgamento é questão exclusiva do Judiciário, não do Executivo.

Veja a linha do tempo do julgamento do mensalão: