O paradeiro do ex-sargento da Polícia Militar Waldemir César da Silva, de 40 anos, é um mistério que já passa de quatro anos. Ele é considerado desaparecido desde fevereiro de 2009, quando seu carro foi localizado abandonado numa praia de São Francisco do Sul. Havia supostas manchas de sangue no Fiat Dobló.
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Mas, apesar da aparente cena de um crime, a PM considerou a hipótese de que Waldemir tenha forjado seu desaparecimento para fugir de investigações. Ele passou a ser tratado como desertor, condição de quem abandonou a função.
Não houve mais notícias dele desde então. Mas uma ação criminal que corre em segredo de Justiça em Joinville trouxe o nome de Waldemir de volta à tona na semana passada, quando uma citação foi publicada no Diário da Justiça o intimando a responder ao processo.
“A Notícia” teve acesso à informação de que a ação tem base em um Inquérito Policial Militar que apurou a participação do ex-sargento em crimes de pedofilia. Conforme a investigação, um computador com 56 vídeos de teor pedófilo foi encontrado na casa dele.
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Uma das suspeitas levantadas em 2009 era a de que o policial decidiu fugir para escapar das acusações. A PM pediu à Polícia Federal na época que checasse a possibilidade de o sargento ter passaporte e ter usado o documento. Segundo a PF, Waldemir não tinha passaporte.
Se respondesse à citação, Waldemir César da Silva teria dez dias para apresentar argumentação escrita contra os fatos pelos quais foi denunciado. Caso não seja localizado, é possível que o processo fique suspenso.