Afastado dos holofotes desde o dia 1° de janeiro, quando participou da posse de Udo Döhler (PMDB) como prefeito de Joinville, Carlito Merss (PT) resolveu deixar o descanso de lado para responder à informação de que teria deixado R$ 132 milhões de dívidas para a atual administração.
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Segundo o ex-prefeito, houve quantias não pagas, mas a situação em que ele deixou o governo municipal foi bem melhor daquela que ele havia encontrado quatro anos antes.
– Não contesto esses valores. Eu queria ter recebido a Prefeitura como deixei para o Udo -, afirma.
Se não contesta as dívidas deixadas com os fornecedores e Ipreville, o ex-prefeito argumenta que deixou dinheiro suficiente em caixa para que Udo Döhler pudesse pagar o salário de janeiro aos servidores municipais, que atrasou e precisou ser parcelado.
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– Deixamos mais do que R$ 7 milhões. Havia recursos para pagar os servidores. Deixei para ele (Udo) receber limpa a receita do IPTU. Coisas que não fizeram comigo -, responde.
No dia 9 de janeiro, o secretário da Fazenda, Nelson Corona, revelou ao “AN” que o ex-prefeito petista havia deixado R$ 120 milhões em dívidas – o valor cresceu mais R$ 12 milhões com o cadastramento de novos fornecedores que não tiveram seus serviços pagos.
E são dos fornecedores a maior parcela da dívida, com R$ 70 milhões. Outros R$ 26 milhões são referentes a contribuições previdenciárias não pagas ao Ipreville.
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Do total, R$ 23 milhões eram de 2012 e foram parcelados para pagamento em 60 meses e outros três milhões foram quitados com a primeira parcela do IPTU. Os outros R$ 36 milhões são referentes aos salários dos servidores e a seus benefícios.
Além dos R$ 26 milhões de remunerações de janeiro, há R$ 10 milhões que correspondem ao pagamento de benefícios trabalhistas.
Mesmo com os valores deixados atrasados, Carlito reafirma as facilidades deixadas para seu sucessor.
– Quando assumi, havia fornecedores com 11 meses atrasados. Deixei com atraso de, no máximo, quatro meses. Não há do que reclamar de nós -, comenta.
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