Será na próxima sexta-feira, às 8h30min, no Fórum de São José, na Grande Florianópolis, o julgamento do último acusado da morte da agente prisional Deise Alves, em 26 de outubro de 2012. Rudinei Ribeiro do Prado, o Derru, foi um dos fundadores e era um dos líderes do Primeiro Grupo Catarinense (PGC), facção apontada como responsável pela ordem do assassinato. Naquele dia, o alvo era o marido de Deise, Carlos Alves, então diretor da Penitenciária de São Pedro de Alcântara.
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A previsão é de que o julgamento dure menos tempo que o primeiro júri, que levou dois dias em novembro de 2016 e condenou quatro dos acusados pelo crime. Derru está detido numa penitenciária federal fora de Santa Catarina. A vinda dele para São José será cercada de um grande esquema de segurança: o réu é dissidente do PGC, por isso estaria ameaçado pela própria facção que fundou. Ele será defendido pelo advogado Fabiano Moreira da Cruz, indicado como defensor dativo para o caso em janeiro de 2017 depois que a Defensoria Pública deixou o processo.
No primeiro julgamento do assassinato, Evandro Sérgio da Silva, o Nego Evandro, e Adílio Ferreira, o Cartucho, pegaram 22 anos de prisão cada um, sendo 20 anos pelo homicídio e dois anos pela associação criminosa. A juíza Marivone Koncikoski Abreu, que também atuará no júri de Derru, levou em conta os antecedentes criminais deles. Gian Carlos Kazmirski, o Jango, foi condenado a 17 anos e seis meses de prisão, sendo 16 anos pelo homicídio e 1 ano e seis meses por associação criminosa.
Derru chegou a participar da primeira parte do júri de novembro, mas a juíza decidiu desmembrar o processo em relação a ele a pedido da defesa, logo após o interrogatório do acusado.
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