Cerca de 80 militares americanos foram mobilizados no Chade para ajudar nas buscas pelas estudantes sequestradas na Nigéria no mês passado, informou o presidente Barack Obama, nesta quarta-feira, em uma carta ao Congresso.
Continua depois da publicidade
– Esses soldados vão contribuir para as operações de Inteligência, vigilância e voos de reconhecimento para as missões mais ao norte da Nigéria e nas regiões vizinhas – explicou Obama.
Leia mais:
Ataques do Boko Haram deixam 30 mortos na Nigéria
Ataque na Nigéria deixa 118 mortos e 56 feridos
Continua depois da publicidade
A carta foi enviada de acordo com a lei sobre os “poderes de guerra”, que prevê que o presidente deve informar o Congresso sobre as operações militares no exterior.
Esses soldados “vão permanecer no Chade até que seu apoio para resolver a situação dos sequestros não seja mais necessário”, segundo a carta.
Esse anúncio acontece no momento em que a Nigéria vive uma onda de violência atribuída à insurreição dos islamitas do Boko Haram. O grupo assumiu a autoria do sequestro de 276 estudantes, em meados de abril, na cidade de Chibok (nordeste).
O Boko Haram também reivindicou uma série de ataques recentes, incluindo dois atentados com carro-bomba em Abuja, a capital federal, que mataram mais de 100 pessoas.
Continua depois da publicidade
Em dois dias, outras 150 pessoas morreram na Nigéria em ataques em povoados do nordeste do país e em um atentado em Jos (centro), condenado pelos Estados Unidos. O governo americano também defendeu a intensificação da luta contra o Boko Haram.
A diplomacia americana condenou um atentado suicida que deixou quatro mortos em Kano, em 18 de maio, no norte da Nigéria.
Embora Washington chegue a mencionar o Boko Haram em relação ao sequestro das estudantes de Chibok, não atribui ao grupo diretamente a responsabilidade pelos atentados cometidos esta semana.
O sequestro das adolescentes deflagrou uma grande mobilização internacional, com o envio ao terreno de aviões, aeronaves não tripuladas (“drones”) e equipes civis e militares por parte dos Estados Unidos e de outros países, como França e Grã-Bretanha.
Continua depois da publicidade