Estudantes tiveram aulas de educação física em praça e pátio de igreja em Blumenau

Há 27 anos na escola, a professora de educação física Vera Lúcia Bucco de Liz conta que, para cumprir o planejamento, teve de lecionar sob a sombra das árvores, na pracinha do bairro e no pátio da igreja ao lado. Quando chovia, o refeitório era transformado em sala de aula, ou então Vera Lúcia trocava a prática pela teoria das modalidades esportivas.

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– O currículo ficou comprometido, principalmente quando trabalhávamos com os esportes, por causa da demarcação das quadras. A gente penou, mas não deixou a peteca cair – relembra.

A batalha pela nova quadra foi abraçada pelos alunos, que lidaram bem com os improvisos. Comissões foram formadas para negociar com a prefeitura e houve até protesto em que se fechou a Avenida Martin Luther. Mas no ano passado a construção precisou ser alterada depois que professores constataram que as demarcações no piso estavam erradas e as tabelas de basquete eram menores que as medidas oficiais, o que acabou atrasando a entrega. Renato Luiz Eing vai para seu último ano na Fernando Ostermann e está ansioso para usar a quadra:

– Vai ser uma boa. Agora vamos ter mais aulas práticas. Até com chuva vai dar para fazer atividades.

No mesmo dia da inauguração na Fernando Ostermann, a prefeitura também entregou uma quadra coberta na escola Oscar Unbehaun, na Água Verde.

Nas quadras já entregues houve atraso

A espera por espaços próprios para as aulas de Educação Física também se arrastou por anos nas escolas Professora Zulma Souza da Silva, na Velha Central, e Professora Alice Thiele, no Garcia. Concluídas em agosto passado, as estruturas seriam construídas com recursos do governo federal, mas os projetos não foram aprovados pela Caixa Econômica Federal e as verbas voltaram para Brasília. Os trabalhos paralisados em meados de 2012 só foram retomados no início de 2014, desta vez apenas com recursos municipais.

Responsável pela construção de quadras em quatro escolas de Blumenau (na Zulma Souza da Silva, foi feita pela Soberana Serviços e Construções Ltda), a Obratech Construtora e Incorporadora Ltda informou que os atrasos na entrega ocorreram porque os recursos vieram em parcelas, o que prejudicou o repasse aos fornecedores de materiais. O resultado foi que alguns desistiram da obra e a empresa teve de fechar contratos com outros, disse o proprietário Alex Bernardi.

A escola Professora Hella Altenburg, no Salto, com a quadra ainda no contrapiso, também faz parte da lista das obras atrasadas. Segundo a secretária de Educação de Blumenau, Helenice Luchetta, a estrutura já está pronta na empresa, só falta levar para o local:

– Até o fim do primeiro semestre a obra deve estar concluída.