O número de refugiados haitianos em Joinville cresce pacífica e silenciosamente. Passados mais de cinco anos do terremoto que arrasou o Haiti, em janeiro de 2010, eles continuam chegando.

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Estima-se que sejam entre mil e duas mil pessoas morando na cidade. Não há um levantamento preciso e um dos registros mais atualizados é o da Igreja Católica. Duas paróquias na zona Sul de Joinville _ São Judas Tadeu e Nossa Senhora de Fátima _ acompanham a imigração há mais tempo.

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Até o fim do ano passado, havia pouco mais de 700 pessoas cadastradas. No começo deste ano, o número passou de mil. Mas como os haitianos migram dentro do próprio país em busca de emprego, de conhecidos e oportunidades para estudar, o número também não é preciso.

A maioria dos adultos trabalha ou estuda e praticamente não há qualquer incidente registrado envolvendo os refugiados. Segundo o chefe da Delegacia da Polícia Federal em Joinville, Oscar Biffi, o número de haitianos deve girar em torno de mil pessoas.

– Quando eles entram no País, nos postos de imigração, na fronteira, é gerado um protocolo e eles podem circular pelo País. Por isso, eles só vêm até a Polícia Federal para o acompanhamento desses registros. Não há como saber se moram aqui ou não – diz o delegado.

Segundo Biffi, não há qualquer registro de incidente ou conflito envolvendo os refugiados na região. Na secretaria de Assistência Social da cidade, embora haja busca por serviços, também não há um cadastro unificado ou atualizado dos haitianos que estão no País.

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– O que se percebe é que eles chegam e logo começam a trabalhar, estudar – diz Jocélio Narciza, responsável pelo Centro de Referência Especializado para Pessoas em Situação de Rua (Centro POP).

Segundo Jocélio, desde o começo da chegada dos haitianos, só cinco deles buscaram o atendimento no Centro e de forma provisória.