O estudante de direito e estagiário da 7ª Promotoria de Justiça de Joinville, detido na última quarta-feira após ser encontrado em um desmanche na zona Sul de Joinville, se defende da acusação alegando que estava no lugar errado e na hora errada no momento da abordagem policial.

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Cristiano dos Reis Alves conta que estranhou a demora do pai para o almoço e foi até o local à procura dele. Luiz Carlos Alves também foi preso na abordagem e, segundo o filho, ele trabalhava como autônomo com um caminhão de sucatas. Outro homem, Ruan Andrei da Silva, estava na casa e também foi preso em flagrante.

Quando chegou na residência no bairro Boehmerwald, Cristiano viu a porta semiaberta e entrou para encontrar o pai. De acordo com o estudante, foi quando a polícia chegou e o acusou de fazer parte do desmanche.

-Vou correr o risco de responder a um processo criminal porque eu estava no local errado na hora errada. Eu ainda sou estudante de direito e isso prejudica a carreira jurídica que eu gostaria de seguir-, explica.

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Segundo Cristiano dos Reis Alves, ele ficou na delegacia mais de dez horas até conseguir a liberação junto ao juiz de plantão. Na tarde desta quinta-feira, o estagiário da 7ª Promotoria de Justiça foi até o Fórum de Joinville acompanhado da advogada para pedir que as imagens do rapaz não fossem mais divulgadas.

Como estava no mesmo prédio, foi até o local de trabalho e, segundo ele, descobriu por meio do assistente da promotora, Rosemary Machado Silva, que ele seria desligado do cargo. Em nota oficial, o Ministério Público informou na tarde desta quinta-feira que o contrato do estagiário será rescindido.

-Se eu estagiei lá foi por mérito. Eles pesquisam se tem antecedentes e foi por não ter é que fui contratado.

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Agora Cristiano e a advogada coletam as provas que comprovem que ele não tem envolvimento com o desmanche.

-Ou melhor, a falta de provas, porque eu não roubo, não furto carros e, por isso, não há como provar meu envolvimento.