Representantes da comunidade indígena Laklãnõ-Xokleng e autoridades vão discutir nesta quinta-feira em Brasília o que pode ser feito para que os danos causados pelas inundações sejam revertidos em melhorias para os índios, como construção de novas casas, pontes, reforma de escolas e estradas na reserva junto à barragem Norte, em José Boiteux.
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Segundo um dos líderes da aldeia Palmeirinha, Basílio Priprá, pela manhã haverá um encontro com o governo estadual na Secretaria Geral da Presidência da República para pedir melhorias nas áreas atingidas e às 19h30min a reunião será com ministro do STF, Luiz Edson Fachin, para tratar das demarcações de terras indígenas.
O secretário de Estado de Defesa Civil, Milton Hobus, explica que o governo do Estado negocia com a União o repasse do território e o mapeamento das áreas indígenas deve ser finalizado até o fim deste mês:
– Assim que o trabalho de campo for finalizado, os mapas serão enviados à União para dar início à documentação de posse das terras. Depois deixaremos o espaço em torno da barragem como área de segurança estadual e indenizaremos os índios pelas perdas da época da construção da barragem.
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Depois que o Estado tiver as terras, o secretário afirma que a Defesa Civil pretende começar as obras do canal extravasor e definir a área de segurança da barragem, para que os índios não corram riscos em situações de cheias.
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Hobus diz que não está preocupado com a operação das barragens caso os índios permaneçam no local:
– A barragem é muito grande e se a gente precisar operar temos tempo para tomar a decisão. Como o funcionamento dela é hidráulico e mecânico dificilmente teremos problemas graves. Na hora que tivermos a informação meteorológica de que teremos que operá-la iremos fazer, nem que seja necessário levar o Exército e Polícia Federal.