A maior estrutura para conter cheias do Brasil fica em José Boiteux, no Alto Vale do Itajaí. A barragem, porém, está inativa por conta da invasão de índios, o que preocupa o Estado com a previsão de El Niño nesta primavera. Confira o histórico de impasses no local.
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– A Área Indígena Duque de Caxias foi criada em 1926, com 20 mil hectares, mas ao longo dos anos houve reduções por parte do Estado.
– Em 1965 a área foi titulada: 14.156 hectares foram registrados em favor dos indígenas.
– Em 1976 começa a construção da barragem Norte, na Barra do rio Dollmann, em José Boiteux. A maior parte do alagamento da barragem de contenção das cheias se dá na área demarcada – ocupando um total de 870 hectares. A obra termina em 1992.
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– A partir da década de 1990, índios invadem empresas de reflorestamento em Doutor Pedrinho e destroem casa nos arredores da barragem.
– Em fevereiro de 1997, índios ameaçam explodir a casa de máquinas se não fossem atendidas algumas reivindicações de indenizações após a construção da estrutura.
– Policiais são feitos reféns em julho de 1998 e rodovias são fechadas pelos índios.
– Em novembro de 2001 os índios acampam novamente na estrutura de contenção de cheias do Alto Vale.
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– Em agosto de 2003 o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, assina uma portaria ampliando as terras indígenas de 14 mil hectares para 37 mil hectares. Os 23 mil hectares a serem somados compõem terras adquiridas por agricultores, que hoje trabalham e subsistem do espaço.
– Em março de 2005, 300 índios invadem barragem, montam acampamento e ameaçam equipamentos, deixando a estrutura sem manutenção e operação. A União admite transferência da barragem para o Estado.
– Manifestantes indígenas querem que a Justiça impeça agricultores de explorar área de extensão da reserva em janeiro de 2009.
– Em junho de 2014, durante uma enchente no Alto Vale, índios invadem a barragem e permanecem acampados até hoje.
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