A família do prefeito de Balneário Rincão Décio Góes estava reunida na sala conversando quando tiros foram disparados contra a residência de dois pavimentos. A primeira reação dos familiares foi correr para frente da casa para ver o que tinha acontecido. Foi aí que os vizinhos contaram do carro que passou atirando e fugiu em disparada. Em entrevista ao Diário Catarinense, o prefeito contou que acredita que o crime foi algum tipo de intimidação.
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Diário Catarinense: Como foi que aconteceu?
Décio Góes: Às 23h40min, nós estávamos conversando em família na sala, com as janelas abertas e a casa foi alvejada com cinco tiros. Isso nos assustou bastante, lógico. A vizinhança viu um carro preto, pequeno, se aproximar da casa, vindo do Sul em direção ao Norte, e praticamente parou. Uma pessoa sentada no banco traseiro baixou o vidro até a metade, mais ou menos, e apontou para casa e disparou os cinco tiros. Depois o carro saiu aceleradamente.
DC: Qual foi a sua principal reação quando começou a ouvir os tiros em casa?
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Décio Góes: Foi tudo muito rápido. A gente nem soube direito o que era, corremos para a frente da casa para ver o que tinha acontecido. Nem sei o que pensei direito, só sei que a gente saiu correndo e foi aí que a vizinhança falou que foram tiros. Olhamos para a fachada da casa e estavam lá os cinco tiros. A primeira reação foi isso e também ligar para os órgãos de segurança.
DC: Você está acompanhando o trabalho policial? O que a Polícia pretende fazer?
Décio Góes: Foi feito um BO (boletim de ocorrência), a polícia esteve lá. Acharam as balas, fotografaram marcas de pneu e outros indícios do local, e agora estão colhendo informações para fazer uma investigação.
DC: Você tem ideia de quem pode ter feito isso? Acredita que pode ter sido resultado de alguma desavença política?
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Décio Góes: Como a política aqui é muito tumultuada – eu venho de um processo eleitoral muito tumultuado -, a primeira evidência que vem é essa, mas não se tem nada ainda, não se sabe de nada ainda.
DC: Como está a família? Vocês vão tomar alguma medida de segurança agora?
Décio Góes: É uma situação muito desagradável. Essas coisas a gente não quer nem para o pior inimigo. A gente tem uma preocupação com isso, de reforçar a segurança. Temos uma empresa que faz esse tipo de trabalho para nós, então estamos atentos. A gente lamenta que isso tem ocorrido. Isso não tem nada a ver com insegurança em Balneário (Rincão). Até porque tivemos uma melhoria significativa na segurança com o trabalho das polícias Militar e civil. Tivemos um crescimento grande da população e mesmo assim tivemos redução de 40% nas ocorrências.
DC: Então você acredita que tenha sido um atentado contra o senhor?
Décio Góes: É. Foi algum tipo de intimidação, alguma coisa assim. É o que a gente pode supor.