Além da repressão ao tráfico, o psiquiatra Juliano Tonello aponta como medida de enfrentamento ao consumo controlar a idade das pessoas que experimentam pela primeira vez. Hoje, no caso do crack, esse grupo tem entre oito e 14 anos:
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_ Impedindo o contato precoce com as drogas, pode-se ter no futuro menos adultos viciados.
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O psiquiatra reforça que a dependência química é uma doença biológica, mas também social, porque envolve problemas ligados à vida, à família, à sociedade. Nesse caso, o dependente tem de receber tratamento que envolva várias áreas da saúde, defende o professor Cláudio Guimarães, diretor do Centro de Ciências da Saúde da Furb. Para ele, repressão policial não basta para resolver o problema. O gerente do Conselho Municipal de Entorpecentes (Comen) de Blumenau, Mauro José Quintino, diz que os maiores consumidores de crack são jovens entre 15 e 25 anos. Pelo o que observa, 70% dos dependentes iniciaram o consumo a partir de outras drogas.
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